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Uma das coisas que mais irrita os Turistas

Caros P.E.

Tive conhecimento do vosso site graças a um programa na RTP Internacional.

Posso vos dizer que uma das coisas que mais irrita os Turistas são os passeios dos grande centro urbanos em Portugal estarem bloqueados por todo tipo de veiculos.

Em simpatia pelo voso trauma, aqui vos envio uma foto do Reino Unido onde os carros estacionados nos passeios são imediatamente levantados por gruas e levados para um parque automovel onde se tem que pagar £100 libras esterlinas para se recuperar o veiculo.

Nos passeios da minha santa terrinha "Welling" por exemplo, só veiculos como estes é que estão autorisados a rodar nos passeios.

Que tal ??

Claude Moreira
Welling
http://homepage.ntlworld.com/welling.website

PS  Podem publicar o meu e-mail e foto se quiserem.





Morei uns quantos anos em Espanha...

Recebemos este testemunho de um leitor:

Morei uns quantos anos em Espanha, e quando lá cheguei devo confessar que também estacionava em cima dos passeios e onde me era mais próximo e cómodo, à boa moda portuguesa. Depois de me terem rebocado o carro 2 vezes, ambas menos de 2 horas após ter estacionado indevidamente, aprendi a minha lição e aprendi a ver que lá é realmente raríssimo ver um carro em cima do passeio.

Com o decorrer do tempo habituei-me "mal" ao facto de não existirem carros nos passeios, e agora que voltei para Portugal tenho uma grande dificuldade em conviver com esses carros mal estacionados, pois parece-me duma falta de respeito incrível.

Creio que sou um exemplo vivo que efectivamente podemos mudar a nossa mentalidade e a nossa visão dum cenário, ainda que já estejamos muito habituados a ele.

Actualmente não estaciono NUNCA em cima de passeios, passadeiras, e outros locais onde o meu carro possa estorvar a livre circulação de peões, ainda que por vezes tenha de andar mais um pouco (ou muito) para chegar ao meu destino. Afinal, a responsabilidade é minha!

E os malandros dos peões, que andam na estrada?!?


Este argumento é utilizado pelos condutores que se sentem incomodados pelo "abuso" dos peões, que invadem as suas pistas.

O que ninguém se lembra é que, além das cidades serem cada vez menos pensadas para os peões, o pouco espaço que estes têm é invadido por automóveis, obrigando-os a ir para a estrada onde o podem "caminhar livremente", sem ter que contornar obstáculos e barreiras - automóveis a cada 5 metros, sinais de trânsito, caixas da EDP, suportes de publicidade, etc, etc.

Carta ao Presidente António Costa

Publicamos, de um leitor identificado, a seguinte e pertinente missiva. Os sublinhados são nossos. Esperamos que mais leitores sigam o seu exemplo. Claro que não há qualquer garantia da sua leitura pelo destinatário; a cidadania não está preocupada com o prazo da sua efectivação. Deve começar por apontar o que está totalmente errado.

Exmo. Sr. Dr. António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,

As eleições estão à porta e confesso que estou indeciso em quem votar nas próximas eleições autárquicas. Porém, tenho uma certeza. V.ª Ex.ª pouco ou nada fez relativamente a um problema que considero dos mais prementes desta nossa cidade: a impunidade do estacionamento selvagem.

É ver todos os dias por essa imensa Lisboa centenas de viaturas em cima dos passeios e passadeiras, impedindo a livre circulação de peões, nomeadamente, os de mobilidade reduzida, como invisuais, deficientes e idosos. Os carros devem estacionar na estrada e os peões devem circular no passeio, ou estarei enganado? É difícil perceber que o estacionamento sobre os passeios ou nas passadeiras constitui uma violação de um direito básico dos peões e um perigo grave à sua integridade física, uma vez que são obrigados a caminhar na estrada para se desviarem dos carros mal estacionados?

Já viajei por vários países europeus e em nenhum deles, nem mesmo na Europa de Leste, assisti a carros estacionados da forma como vejo aqui em Lisboa. Uma verdadeira vergonha para os milhares de turistas que nos visitam. Nesta matéria, estamos certamente ao nível dos países africanos.

A Polícia Municipal é de uma ineficácia indiscritível e nem se dignam a responder quando se enviam mails a denunciar situações graves. A EMEL anda entretida a multar os carros que não possuem ticket ou que já estão a exceder o limite de tempo de estacionamento, esquecendo-se dos que verdadeiramente incomodam terceiros.

O facto é que compensa estacionar fora das zonas com parquímetro, em cima de um qualquer passeio ou passadeira, pois muito dificilmente será aplicada qualquer coima, sobretudo se se ligar os quatro piscas durante duas horas, como já tenho presenciado. Também sou condutor e para ser franco, não entendo qual é o problema de autuar os infractores, fazer cumprir a lei e devolver a cidade aos cidadãos, como V.ª Ex.ª tanto defende.

Por mero acaso, descobri um site na internet que ilustra bem o que acabo de referir, assim como demonstra que não estou sózinho nesta preocupação. O site é http://passeiolivre.blogspot.com.

Já agora e para terminar, gostaria de saber quais as medidas que tenciona adoptar para dar execução à Carta dos Direitos dos Peões, aprovada por unanimidade em 2007? Dê-me um sinal de que vale a pena confiar em si e terá o meu voto no próximo dia 11 de Outubro.

Com os melhores cumprimentos.

Um freguês de Carnaxide

«Para deixar a minha colaboração transcrevo o mail que enviei para a junta de freguesia de Carnaxide, para relatar os problemas no tema que todos sabemos... inclui também as fotos enviadas:
Bom dia,
Agradeço imenso e estou extramamente grato pelo trabalho que anda a fazer para melhorar a paisagem, a requalificação e ordenamento, a mobilidade e o objectivo de tornar carnaxide numa freguesia 100% acessivel para as pessoas, especificamente nos passeios, degraus, passadeiras, etc.
No entanto uma coisa mais económica, eficaz, simples e benéfica para os peões, seria retirar os carros dos passeios e passadeiras, o que leva os peões a "ir à volta" pela estrada o que se torna incómodo e extremamente perigoso especialmente para pessoas com alguma deficiência, idosos, mulheres grávidas ou crianças.
Inclusivé onde existem 2 ou 3 pinos para não permitir os automóveis de o fazer, estes estacionam ao lado, na zona ao lado onde estes não existem ou subindo o passeio.
Sem falar na degradação das calçadas e passeios...
Sei que em ano de eleições não quer "desiludir" os condutores desrespeitadores e arriscar-se a perder o seu voto, mas se calhar a policia ou a policia municipal deviam de fazer o seu trabalho.
Apenas os automóveis bem estacionados sem pagamento do estacionamento da empresa parques tejo são multados e/ou rebocados.Gostava de ver algo ser feito e penso estar exactamente no momento certo para ser feito.
Também sou condutor e o meu agregado possui 3 automóveis.
Pode-se rebaixar passeios e eliminar os degraus, mas se existe lá um automóvel para que serviu gastar esse dinheiro que devia de ser de todos? Para os carros subirem melhor pelas rampinhas?
Se toda a gente começasse a deixar o seu lixo ou os pianos de cauda nos passeios ou na estrada, isto tornar-se-ia uma rebaldaria, então o que torna os automóveis diferentes de tudo isso? O espaço público não é para ser ocupado indevidamente.E pela falta de estacionamento, não são os peões quem tem de ser resolver esse problema nem serem prejudicados. Junto fotos de uns poucos exemplos apenas em duas ruas da freguesia em anexo. (Nota: costuma estar bem pior mas por ser domingo, ainda cedo e com bastante calor muitos "lugares de estacionamento" estavam livres.)
Muito obrigado e espero uma resposta vossa.
Um freguês de Carnaxide.»

Contribuição de um leitor, 03Mai09


































Testemunho

Temos trocado correspondência com um leitor e queremos repartir essa correspondência com todos os que nos visitam. No último e-mail, pediamos que nos enviasse um texto para publicação no blog. Zé Maria (é comos se chama), acabou por pedir que lhe fizessemos perguntas. Publicamos aqui esse e-mail, que, a partir de agora, passa a ser dirigido a todos os que nos lêem.

Não falo e não ando pois fui vitíma de um acidente de carro de que resultou um traumatismo craneo-encefálico.
Eu no dia-a-dia combato este mundo inacessível (é muito mesmo, ora acompanhem-me numa passeata, empurrem o meu veículo!) com muito apoio - tanto! - de gente amiga, que me dá boleia de um posto para outro posto. Logo, não circulo por zonas de passeios, tenho tido como que umas lentes para um mundo desconhecido, um mundo dificíl para o qual as pessoas comuns (eu antes do acidente) não estão alertadas. Passeios sem rampas, carros mal estacionados e afins. É como estar num beco sem saída!
Eu cada vez mais constato que não sou muito normal, talvez não queira, pois vivo isto com um sorriso parvo. Optimismo vs realismo. Vejo quem não tenha pernas viver, sem fome e sem frio, como há gentes (ongs) que ajudam gente lá longe (não repreendo quem o faz!) mas os vizinhos vivem na miséria. Preconceito, talvez, mas digo conceito pós.
E não sei mais... peço-vos que me ajudem com perguntas, eu respondo!

O testemunho de um leitor

Caros amigos,

Obrigado pelo tempo, dedicação e esforço (inclusivamente financeiro) que têm dado a esta causa.

Preciso de autocolantes!

Vivo há 6 anos num bairro em Oeiras onde nunca faltam lugares para estacionar. Mas todos os dias, sem falta, há dezenas de almas que estacionam os carrinhos em cima do passeio, de passadeiras, etc., só para não terem de andar 100 ou 150 metros, ou muito menos.

A situação mais grave ocorre junto às escolas de Oeiras (escolas Conde de Oeiras e do Marquês): todos os dias os professores, certamente para dar um belo exemplo às crianças, enchem o passeio com os seus carros. O hábito está de tal modo enraizado naquelas cabecinhas que, manhã cedo, começam a estacionar os carros em cima do passeio quando ao lado (5, 10, 15 metros...) ainda há dezenas e dezenas de lugares de estacionamento vagos! É verdadeiramente inacreditável! Qualquer dia tiro umas fotografias para vos enviar.

Pelo menos um deficiente em cadeira de rodas, muitos mães ou pais com cadeiras de bebés, pessoas com sacos de compras do supermercado, têm de passar na rua. Nas horas "de ponta" das escolas (quando saem centenas de alunos), as crianças inevitavelmente acabam por ter de andar na rua, sujeitas a ser atropeladas.

Como disse, vivo há 6 anos neste bairro e nunca deixei de ter lugar para estacionar. Por outro lado, ando muito a pé e tenho constantemente de zizaguear por entre os passeios, isto quando consigo andar neles.

Já perco a paciência. E como sou contra qualquer tipo de vandalismo (riscar carros, etc.), preciso de autocolantes. Estou disposto a pagar por eles. Digam-me quanto é, indiquem-me um NIB, que eu faço a transferência bancária. E quero também dar uma pequenina ajuda financeira para a vossa produção de autocolantes.

Estas almas lusas que estacionam em cima dos passeios queixam-se muitas vezes de não terem alternativas, o que muitas vezes não é verdade. O que sucede frequentemente é que querem estacionar a poucos metros do sítio onde vão ou onde residem.

De qualquer forma, as pessoas, quando compram um automóvel, têm de pensar primeiro se têm sítio para o estacionar. Esse é um problema que lhes cabe resolver, não a nós. Mesmo quando já têm um automóvel, quando se deslocam nele têm de pensar na probabilidade de no destino não terem lugar para estacionar e arranjar uma alternativa de transporte.

As regras de construção urbana exigem há largos anos a criação de lugares de estacionamento. O objectivo é, precisamente, evitar graves problemas de estacionamento.

Mas as pessoas pegam nos seus lugares de estacionamento e utilizam-nos como arrecadação, para meterem as suas coisinhas, estacionando depois os carros em cima dos passeios, prejudicando os outros e agravando em muito o problema, já de si grave, de falta de lugares de estacionamento. Às vezes, é mesmo só a preguiça de meter o carro no seu lugar de estacionamento.

Aqui na zona de Oeiras, nas áreas de vivendas, é muitíssimo frequente vermos os lugares de estacionamento dessas vivendas vagos e os respectivos carrinhos à porta da moradia, em cima do passeio. É mais prático!

Seria uma boa medida, embora impopular: proibir os proprietários de fracções com estacionamento de estacionar na via pública na zona da residência. Não seria difícil fiscalizar o cumprimento desta regra, já que a morada que consta normalmente no registo automóvel (que está informatizado) é a da residência, e do registo predial (hoje também totalmente informatizado) resulta quais os prédios / fracções com estacionamento privativo.

O problema é que "fiscalização" não combina lá muito bem com "Portugal"...

Da Alemanha até à caixa de comentários


Estou a escrever para vos contar uma pequena história que me aconteceu na Alemanha já lá vão uns 10 anos. Andava eu a tratar da minha vidinha quando num dia de má sorte me lembrei de deixar o carro numa zona de estacionamento limitado no tempo - este é um conceito interessante que mostra o muito que estamos atrasados em termos de consciência cívica neste triste país.


A ideia é ter zonas de onde o tempo de estacionamento está restringido a um período máximo, creio que uma hora, já não me recordo com toda a certeza. Para os fiscais de transito, saberam quando estacionámos o carro, temos um cartão que tem impresso um mostrador de relógio e um ponteiro plástico que podemos ajustar, marcando desta forma a hora de chegada, apenas temos que deixar este cartão dentro da viatura em local visível. Notar que fora esta limitação, o estacionamento é grátis. É óbvio que este conceito teria um sucesso nulo se fosse aplicado em Portugal - por razões também elas óbvias!

Neste ponto entram as velhinhas. As multas de estacionamento não são passadas pela polícia. Em vez disso há pessoas (em regra pessoas reformadas) que armadas com um pequeno aparelho, passam de forma rápida e eficiente as multas necessárias, sem poupar no papel, diga-se. Assim a polícia fica com mais recursos para desempenhar tarefas mais importantes e todas as pessoas que estacionam indevidamente podem ter um expectativa bastante razoável de serem multadas, dado que o fornecimento de velhinhas parece inesgotável e a vontade que estas têm de multar também!

Outro ponto a ter em conta é que a multa é passada muito depressa, a pessoa limita-se a introduzir um código (que define o local, penso eu) e a matricula do automóvel. Em contraste, já todos observámos os nossos polícias que levam meia hora a passar uma triste de uma multa e isto na melhor das hipóteses. Se entretanto o automobilista chega então leva-se muito mais tempo dado que por um lado ainda o vão identificar e por outro a própria polícia não se safa de ouvir a ladainha do costume: "oh, sr. guarda perdoe lá a multinha" - que triste!

Voltando à minha história, esqueci-me de referir que estava numa pequena vila, com muito poucos carros, ou seja a necessidade de espaço de estacionamento não era muito grande. Apesar disso, quando cheguei dez minutos depois do tempo limite, já la tinha a respectiva multa. Ou seja, não há avisos prévios, não aparece o polícia a pedir por favor para tirarmos o carro e darmos um jeitinho. Assim que se está em transgressão, a multa é aplicada.


O engraçado é que, ao contrário do que se faz nesta terra de umbiguistas, as pessoas aceitam esta situação sem qualquer problema. Não se diz que a polícia anda na caça à multa. A polícia e os fiscais cumprem o seu dever, que é muito simples: sempre que observam uma transgressão aplicam a respectiva multa. Os outros cidadãos, por outro lado, aceitam isto como pessoas adultas que conhecem as regras da sociedade onde vivem. Como resultado liquido disto tudo aumentam substancialmente a respectiva qualidade de vida.


Se calhar o que Portugal necessita é maturidade e pessoas que pensem como adultos e não como putos mimados.

só estacionei em cima do passeio para ir à farmácia

Um cenário habitual nos passeios reduzidos, e abusados pelo estacionamento selvagem, da Rua de S. Bento. Mas desta vez tinha a máquina fotográfica para registar o exemplo máximo do peão enquanto cidadão de segunda em Lisboa: um carrinho de bebé a circular no meio da faixa de rodagem, lado a lado com os veículos motorizados! A vida de muitos cidadãos posta em perigo. Graças ao comodismo e falta de respeito de muitos automobilistas que diariamente estacionam em cima dos passeios deste arruamento com trânsito intenso. Muitos deles dirão «só estacionei em cima do passeio para ir à farmácia» ou «não tinha outro sítio para estacionar». Mas por causa dessa atitude egoísta, pais com carrinhos de bebé, idosos de muletas, cidadãos em cadeiras de rodas, todos têm de sair do passeio e circular na faixa de rodagem como aconteceu com esta jovem mãe. Em toda a extensão deste arruamento não existe um único ou gradeamento ou pilarete que proteja os peões.

Abraço,
FJ

Nem os pilaretes nos valem!

CAROS,
PARABÉNS PELO MOVIMENTO DE DEFESA DOS PEÕES!
AQUI VAI O MEU CONTRIBUTO: UM (MAU) EXEMPLO NA FREGUESIA DE S. MAMEDE.

PEÇO QUE INSTALEM MAIS PILARETES NOS PASSEIOS DA
TRAVESSA DO NORONHA E ARRUAMENTOS ADJACENTES COMO A RUA GUSTAVO DE MATOS SEQUEIRA, RUA DO ARCO A SÃO MAMEDE, ETC.

SE SOUBESSEM O MARTÍRIO QUE PASSO PARA IR, A PÉ, DE CASA ATÉ AO JARDIM DO PRINCIPE REAL OU AO LG DO RATO COM UMA CRIANÇA!

ASSIM NÃO É POSSÍVEL SER PEÃO. É MAIS FÁCIL IR DE CARRO! SERÁ QUE É ISSO QUE A CML PRETENDE? QUE EU FAÇA DE CARRO PERCURSOS DE 100 METROS?
ONDE ESTÁ A TOLERÂNCIA ZERO PROMETIDA PARA O ESTACIONAMENTO NOS PASSEIOS?
POR AQUI ESTÁ TUDO PIOR. ATÉ OS POUCOS PILARES QUE TEMOS SÃO DERRUBADOS.


QUERIA SABER PORQUE RAZÃO NÃO SE INSTALAM PILARETES NA TOTALIDADE DOS PASSEIOS? PORQUE SE INSTALAM APENAS EM ALGUNS PONTOS? DE NADA ADIANTA PARA A NOSSA MOBILIDADE TER UM PILARETE APENAS EM FRENTE À PORTA DO EDIFÍCIO ONDE VIVEMOS SE O RESTO DO PASSEIO DA RUA É DEIXADO LIVRE PARA SER INVADIDO DE CARROS.

MUITO OBRIGADO

SANDRA SILVADO

Uma leitora exaltada de Lisboa! Veio tudo em maiúsculas!

Se não houvessem condutores a estacionar no passeio, os pilaretes não ajudariam em nada os peões. Mas pelos vistos parecem ser necessários ao ponto de se suplicar por eles!

E quando pensava que já se tinha visto tudo...

Exmo. Senhor Dr Francisco da Cruz dos Santos

Presidente da Câmara Municipal de Beja,

Venho por este meio alertar a CMB para o uso indevido da entrada de um Monumento Nacional como parque de estacionamento.
É inaceitável que a entrada de um monumento classificado como de importância nacional - o antigo Hospital da Misericórdia na Rua D. Manuel I - apresente a sua Portaria frequentemente invadida por viatura automóvel.
Quero salientar que esta Portaria integra ainda uma abóbada manuelina de dois tramos com bocetes decorados com os símbolos primordiais de D. Manuel - o escudo, a esfera armilar e a cruz da Ordem de Cristo. Embora a obra tenha sido iniciada em 1469 foi o rei D. Manuel que concluiu o equipamento entre 1490 e 1511.
Utilizar a entrada deste monumento nacional como parqueamento automóvel é uma grande falta de respeito pelo património que é de todos.
A situação é tanto mais grave porque estamos perante um edifício muito raro. Restam poucos imóveis hospitalares do tempo do rei D. Manuel I. A cidade de Beja tem o privilégio de ter um imóvel deste valor mas, infelizmente, não parece estar a ser devidamente respeitado.
Esta situação também projecta uma péssima imagem de Beja aos turistas que nos visitam.
Envio em anexo fotografia do que acabei de descrever. Penso que a imagem é esclarecedora.
Solicito a sua maior atenção para este tipo de problemas que ainda ocorrem no centro histórico de Beja.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos,

F.J.

Recebido por um leitor de Beja.

Aproveitamos para agradecer todas as contribuições. A nossa caixa de e-mail está repleta de postais de cidades que não queremos devido às inúmeras fotos enviadas pelos leitores. Continuaremos a divulgar todas as situações.

Obrigado.

Post de alguém que já mudou

Bom dia. Fui hoje de manhã, prendado com um autocolante, colocado no vidro da porta do meu carro. Depois de uma primeira sensação de insatisfação, interrogando-me, quem seriam os “atrasados mentais”, que teriam colocado o panfleto, vejo-me agora compelido a escrever e a apoiar a vossa iniciativa. É um modo curioso, original e eficaz, pois apela ao civismo daqueles que (como eu) utilizam e abusam, de um espaço que não é deles. Parabéns




[Nota de um dos editores do passeio livre: Estas mensagens são verdadeiramente gratificantes. A mudança de comportamento enaltece o automobilista. Obrigado por nos contactar.]

Post de alguém que começa a mudar

Ora aqui está um blog que gera multiplas reacçoes...
Quando o consultei tive medo de ver o meu carro por lá... felizmente que nao o vi...
A verdade é que sobrepomos sempre a nossa pressa, ou a nossa urgencia, a algum civismo que deveriamos ter.
Faz falta algum bom senso em varias situaçoes, e o estacionamento é sem duvida uma delas.
Sendo eu um utilizador compulsivo de carro e um estacionador abusivo por vezes, tento sempre ter algum cuidado em nunca impedir a passagem... mas a verdade é que só penso como condutor e nunca como peão, que por vezes tem dificuldades em andar...

...vou ter mais cuidado. espero que tenham também!

(post encontrado num blog, que fazia referência a este)

O que dizem de nós

Durante o dia, tem sido anúnciado em alguma comunicação social o lançamento desta campanha.
No entanto também alguns blogs deram relevância à iniciativa. Aqui algumas referências e comentários que foram sendo feitos ao longo do dia tanto na blogosfera como recebidos por e-mail:


Finalmente chegou o substituto do pára-brisas levantado, do pneu esvaziado, do risco na pintura e da pastilha elástica na fechadura (muito old school) através de um autocolante que se espera mais consequente que essas demonstrações de ressaibo pedonal - afinal, os peões sempre tiveram razão mas nunca ninguém ligou a isso.
- Blog Bicicleta na Cidade-


Alguma coisa se tem que fazer! Espero que sejam daqueles lixados de retirar (mas que não estragam nada)!
Apoiado!
- Leitor do blog CidadaniaLx -


Acho uma ideia arrepiante a de se combater a falta de civismo com outra falta de civismo que é o de colocar os ditos nos vidros que bem se sabe pode levar a ter de ser retirado à faca e riscar o vidro todo. De caminho porque não se pede à CML que legisle sobre a propaganda desmedida nos vidros dos automóveis que provoca o mesmo estrago e aínda conspurca as ruas?

- Leitor do blog CidadaniaLx -


Parabéns pelo blog e pela a ideia.
Continuem e não se deixem intimidar. Vou imprimir uns quantos folhetes e colocar nos automóveis estacionados nos passeios.
Os passeios são das pessoas, não dos automóveis. Se não há espaço para estacionar o carro, então que se mude o sistema!

Força!

-Recebido por E-mail -


Desde que cheguei à Holanda, uma das coisas que me tem encantado, além de se ver gente na rua aos fins de semana mesmo com temperaturas negativas, é a possibilidade de passear a pé pelo centro das cidades, livres de carros. Notei-o especialmente durante um fim de semana passado em Amsterdão, passeando-me à volta de Leidseplein e ruelas adjacentes, nas quais é possível andar à vontade. Lembro-me de pensar que o mesmo seria impossível em Lisboa. Mas não é, basta todos querermos e ganharmos consciência de que os passeios foram feitos para as pessoas, não para os carros. E se sou contra qualquer tipo de vandalismo ou retaliação típica, desde limpa pára-brisas levantados ou partidos aos riscos feitos a chave - que sim, já me aconteceu -, um inofensivo autocolante pode consciencializar sem lesar. Para bem da cidade, para bem de todos.

- Blog Crónicas das Horas Perdidas -

O testemunho de uma leitora grávida de Faro

Bom dia

é de louvar alguém que realmente tome uma iniciativa para consciencializar os
condutores de que os passeios são para todos.

Vivo numa zona fora da cidade onde os donos das vivendas têm garagens. Uns por
preguiça estacionam em cima do passeio e impedem a passagem de peões, outros
utilizam os carros como barreiras para impedir a passagem de pessoas em frente
à casa.

Quem pode que se encolha para passar. Eu estando grávida, tive de optar andar
na estrada arriscando a ser atropelada pois os carros estão desta forma
estacionados dos dois lados da rua!

A opinião de um leitor.

Exmos.

venho por este meio expressar a minha opinião sobre a vossa iniciativa.
Acho que é uma iniciativa de louvar, uma vez que nem todos os condutores têm respeito pelos peões, e julgam que Portugal é só deles. Devo no entanto discordar com o facto de usarem autocolantes para alertar esse facto aos respectivos condutores.

Uma vez que a mensagem pode ser impressa, é de reparar que nem todos os autocolantes são "inócuos", e alguns podem deixar cola no vidro e ser de remoção difícil. Se quiserem ganhar mais um ponto a vosso favor, façam autolocantes electro-estáticos, que aderem ao vidro, sem ser necessário cola, e vendam.
Deixam de ter reclamações dos condutores, ficam com a razão inteiramento do vosso lado e a mensagem passa na mesma.

Como condutor, acho que ninguém tem o direito de colar autocolantes na minha viatura, caso tal iniciativa me cause despesa. Por outro lado, as autoridades deviam ser as primeiras a lidar com este facto, autoando aqueles que infrigem as regras de trânsito (e também os que causam dano em propriedade alheia "através dos autocolantes").

Como peão que tem o carro na garagem porque vai todos os dias de transporte para o trabalho, acho que é uma falta de respeito termos de andar no meio da estrada, uma vez que os carros estão a ocupar a via que nos é destinada.

Cumprimentos.