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412 multas em 6 horas!? Maldita caça à multa, diria o tuga!

Dez ciclistas da polícia da região de Bruxelas-Capital-Ixelles levaram a cabo uma acção amigável no tráfego rodoviário no coração da capital, no domingo. A polícia inspecionou as zonas pedonais e as suas envolventes durante seis horas, com resultados impressionantes. Emitiram 412 multas entre as 10:30 da manhã e as 16:30 da tarde.
E partilham resultados com os cidadãos:
A taxa de aplicação elevada foi melhor do que o habitual para a polícia, embora o número de infrações de trânsito emitidos no centro ainda já seja elevado. "Os policiais sabem o que estão fazendo e para onde estão indo e estão particularmente motivados. Por outro lado, estes são autos que são relativamente simples comparados a uma detenção de um pequeno ladrão numa loja, por exemplo.

A ação deste domingo segue o apelo lançado pelos moradores, mas também pelas diversas denúncias recebidas pela polícia nas redes sociais. "As pessoas relatam carros em ciclovias, por exemplo, ou mesmo carros da polícia mal estacionados. Nós também usamos a nossa experiência para estabelecer este tipo de operação. Estamos a responder a um pedido com as nossas brigadas de ciclismo. Nem todos necessariamente concordam com isso, mas podemos ver muito lentamente que, no nível sociológico, as coisas estão mudando um pouco", diz Joël Dekeyzer, comissário da polícia.

As duas infrações mais comuns são o estacionamento nas calçadas e nas zonas de entrega. Foram emitidos 87 autos para o primeiro tipo de infração, contra 84 para o segundo. O tráfego nas ciclovias também é um problema, como evidenciado pelos 81 multas de estacionamento emitidas no domingo. A zona pedonal, por outro lado, é cada vez mais respeitada com 32 multas. "O peão mudou muito. Houve um investimento em infraestruturas e estamos a ganhar cada vez mais respeito pela região. Portanto, a situação é muito melhor nesta parte do centro da cidade. As outras figuras referentes ao entorno do peão são uma preocupação real. Estamos a falar, por exemplo, de passeios desprotegidos em que as pessoas estacionam. Há também momentos em que as infrações são mais suscetíveis de ocorrer, por exemplo, à noite e aos fins-de-semana. É por isso que estivemos lá no domingo", diz o comissário da divisão.

Cerca de quarenta agentes da polícia de bicicletas estão ativos na região de Bruxelas-Capital-Ixelles, 12 dos quais são especialistas no centro da cidade.

Retirado daqui e traduzido por deepl.com

Berlim vs. Portugal

Descubra as diferenças que as imagens falam por si! Imagens enviadas por um dos nossos leitores que habita em Berlim.

Munique, a capital do automóvel

Munique, é a capital da Baviera e a cidade mais rica da Alemanha. Nela está sediada por exemplo a BMW. Um T1 no centro tem uma renda que ronda os 1700€ por mês. Todavia, todo o centro da cidade está voltado para as pessoas e não para o automóvel. Numa vasta área do centro de Munique, os automóveis estão literalmente interditos.























Fotos de João Pimentel Ferreira

Essen, onde o caminhante é Imperador

O repórter do Passeio Livre foi até Essen na Alemanha. Essen, localizada na região da Renânia do Norte-Vestfália, é a oitava maior cidade da Alemanha, com uma população de cerca de 500 mil habitantes e uma área de 210 km². Situada na Região do Ruhr, uma zona que outrora foi um grande centro de extração de carvão e de produção de aço, sendo ainda das zonas mais ricas e industrializadas da Europa, Essen não deixa de dar elevada primazia nas suas políticas públicas e urbanas, às pessoas, e não às máquinas motorizadas. Foi também a Capital Europeia da Cultura.

A cidade, por ter sido uma forte zona industrial durante o período do terceiro Reich, que fornecia aço e maquinaria bélica para o exército nazi, através da Krupp (atual ThyssenKrupp), foi fortemente bombardeada pelos aliados durante a segunda grande guerra. Tendo sido reconstruída praticamente de raiz, principalmente o seu centro histórico, os urbanistas não optaram por fazer os mesmos erros que em Berlim, Nova Iorque, Londres ou Lisboa, onde se dá enorme e grande primazia ao tráfego automóvel, com largas avenidas onde o espaço atribuído às pessoas representa quase sempre por norma menos de 10% da largura da via, sendo que os restantes 90% são para o fluxo de carros. Vede os casos em Lisboa da av. 24 de julho, av. de Ceuta, av. Infante D. Henrique ou av. da República. 

Todo o centro urbano de Essen, numa larga e vasta área, é estritamente pedonal. A cidade tem três grandes centros comerciais, mas situam-se apenas no centro urbano dando uma continuidade natural ao espaço público. Ou seja, quem passeia por Essen, não sente a diferença entre caminhar nas lojas ao ar livre ou, continuando o seu percurso, nas lojas situadas no centro comercial. A estação ferroviária de Essen (Essen Hauptbahnhof) situa-se no centro urbano no início da dita área estritamente pedonal. Como consequência, o espaço público é prezeroso, oferecendo aos cidadãos qualidade de vida, sendo que estas políticas públicas de mobilidade promovem também florescimento do comércio local.

Na Alemanha, motor económico da Europa, os urbanistas dão prioridade aos peões. Em Portugal, país recém-resgatado na cauda da Europa, os urbanistas dão prioridade ao automóvel.
























Largas praças sem carros

Largas avenidas sem carros

Sábado de manhã, as pessoas vão às compras



Parque para bicicletas



Apesar do frio, as pessoas ocupam as esplanadas, tal a qualidade do espaço público





Zona estritamente pedonal

Um centro comercial integrado no espaço público pedonal





Outro centro comercial









Repare-se na largura da avenida, estritamente pedonal.
Onde em Essen passeia a criança, em Lisboa circula um automóvel.





Outro centro comercial, junto ao município (Rathaus)





Praças amplas sem carros

Crianças brincam em segurança

Esta zona permite cargas e descargas e táxis dentro de um certo horário