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Em Carcavelos os peões circulam na estrada

Exmos senhores,

Venho por este meio denunciar o clima de anarquia existente na freguesia de Carcavelos no que toca ao estacionamento. É incompreensível e lamentável a disparidade de critérios existente em relação à preocupação com os peões no passeio marítimo, limitando imenso a circulação de bicicletas e a inexistência dessa mesma preocupação quando entram automóveis na equação.

É impossível para mim, que me desloco com uma criança, circular nos passeios de algumas ruas, assim como o é para qualquer outro peão. É lamentável ver idosos colocar o pé na estrada e voltarem para traz para a nesga de passeio que tinham com receio de serem atropelados, assim como é lamentável assistir a mães empurrando o carrinho de bebé no meio da estrada. É lamentável ver os poucos pilares existentes colocados estrategicamente, de forma a que os carros possam estacionar à mesma nos passeios. É lamentável desabafar a elementos da Polícia Municipal que passam na zona a situação e receber deles uma confirmação mas simultaneamente ignorarem-me e continuarem o caminho. É mais lamentável ainda saber que em algumas das zonas mais críticas existe ou estacionamento subterrâneo, ou de superfície ou a totalidade dos edifícios possui garagem.

A Av. Maria da Conceição serve centenas de pessoas que diariamente se deslocam a pé de e para a estação da CP de Carcavelos. A totalidade dessas pessoas tem de utilizar a estrada, pois os passeios ou são minúsculos (o limite mínimo legal é 1.25m) ou estão inundados de veículos. Mais lamentável é o facto de o espaço desses mesmos passeios ter sido “legalizado” para estacionamento dos moradores. E isto tudo com um estacionamento subterrâneo a 40 metros e com uma esquadra da PSP a 50 metros, da qual os próprios agentes utilizam o passeio à volta para estacionar as suas viaturas. Esta rua, pelas suas características e pelo caudal humano que a utiliza, nem sequer deveria poder receber trânsito automóvel, quanto mais ser espaço reservado para ele.

A estação da CP possui um estacionamento, o qual encontra-se quase sempre vazio. No entanto os passeios à volta estão repletos de carros diariamente. È irónico como é possível recusar-se pagar 8 euros por mês de estacionamento quando muito mais do que isso é pago em cafés ou cigarros.

Na Quinta do Barão, em particular a R. Jacinto Isidoro de Sousa, é vergonhosa a postura e falta de respeito dos moradores, os quais, na totalidade, possuem garagem, mas no entanto, por uma questão de comodismo preferem deixar o carro no exterior em cima dos passeios.

De novo chamo a atenção que a autarquia está ao corrente destas situações há mais de um ano, mas ignora-as totalmente. Enquanto isso, eu, o meu filho e os moradores da freguesia estão diariamente sujeitos a serem atropelados. É de lamentar igualmente o completo silêncio da Junta de Freguesia que da mesma forma ignora este tipo de situações.





Exemplos:

Av. Maria da Conceição – esta deveria ser uma rua só para peões, tal é o fluxo dos mesmos. No entanto é o que se assiste:







Na mesma rua, os passeios foram dados aos moradores para estacionamento, quando existe um subterrâneo a 50 metros:

Repare-se na hipocrisia. Um sinal de "proibido estacionar" com uma placa ao lado que diz: “Estacionamento reservado a moradores”:



Quinta do Barão (ex: R. Jacinto Isidoro de Sousa). Impossível circular nos passeios, apesar de todos os edifícios terem estacionamento.

 















Estação da CP Carcavelos. Pormenor do estacionamento vazio e passeios de ruas periféricas invadidos e destruídos por carros.







Pilaretes propositadamente mal colocados:







Enviado por e-mail

Nem quero, entretanto, saber como ficaram os passeios de Lisboa!

«Este é o único tipo de carro que gosto de ver, parado ou em andamento, neste local.
Tristemente, só tenho esse prazer quando acontece, como foi o caso do passado dia 15 de Junho, uma greve de comboios e os moradores do meu bairro suburbano, no lugar de entupirem os passeios junto à estação de caminho de ferro, levam o popó para Lisboa.
Nem quero, entretanto, saber como ficaram os passeios de Lisboa!
A bem dos passeios livres do meu bairro, vivam as greves da CP!»
Contribuição de um leitor,

DIA DE GREVE DA CP


DIA NORMAL DE SEMANA

NOTA: A presente contribuição, enviada para o peão.exaltado, pese embora o seu tom irónico, pretenderá demonstrar certamente que todas e quaisquer campanhas de mobilidade sustentável, por muito boas vontades que estejam nas suas origens, chocam claramente nos problemas provocados por uma péssima gestão urbanística dos nossos subúrbios; problemas estes que, aliados à falta de civismos dos nossos concidadãos, traduzem-se em situações lamentáveis como a descrita.