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Passadeiras em Campo de Ourique II

«Pois é, a tempo das eleições e 2 meses depois de ter começado a ser alcatroado o bairro, Campo de Ourique já tem a QUASE totalidade das passadeiras que tinha há 2 meses.

Mas não são umas quaisquer passadeiras, não, estas são as dos modelos 2009.
Versões Ecoponto, versões onde é possível estacionar sem deixar o carro em cima dos riscos, versões timidas que só existem no meio da rua (a mim parece-me que ao ser pintada havia um carro ali estacionado), passadeiras em escada, em cada risco tem a seu estilo, e claro está, a mais importante de todas, a passadeira para todos os condutores sem civismo, e tantos que eles são por estes lados.»
Contribuição de um leitor

Ausência de passadeiras em Campo de Ourique

«Caros Senhores,
abaixo transcrevo o texto que enviei por correio eletronico no dia 4 de Setembro passado para a Junta de Freguesia de Santo Condestável e para o Dep. de Espaços Publicos da Câmara Municipal de Lisboa.
Adicionei também uma foto exemplificativa do estado das ruas alcatroadas recentemente em Campo de Ourique:

"Bom dia Caros Senhores,
venho por este meio tentar saber junto de vossas Exas. o porque de não terem ainda sido pintadas passadeiras em todas as ruas de Campo de Ourique que foram alcatroadas e nas quais já foram pintados os lugares de estacionamento.
Há já mais de 3 semanas que a Rua Coelho da Rocha entre a Rua Ferreira Borges e a Sampaio Bruno, por exemplo, não tem uma única passadeira pintada.
Estando o piso novo e em óptimo estado, os condutores aceleram dentro do bairro colocando em perigo os peões, pois não estão habituados a ver os sinais verticais de passagem de peões."
Dos primeiros obtive uma resposta que referia "...já alertamos a C.M.L., que é o responsável, que nos informou que irá proceder a sua pintura mas que terá que passar algum tempo enquanto a película superficial do alcatrão não desaparece."

Dos segundos não houve qualquer resposta e a situação mantêm-se até hoje, tendo algumas ruas já sido alcatroadas há mais de 1 mês.
Esperando melhor atenção da vossa »
Contribuição de um leitor

O protesto de uma condutora de Campo de Ourique

Caro "Peão Exaltado",

Ontem cheguei ao meu trabalho as 9h da manhã. Saí do mesmo às 23h, com uma hora de almoço. Um grau de felicidade relativo que ao "caro peão exaltado" nada interessa. Cheguei a campo de ourique às 24h00. Por volta da uma da manhã rendi-me ao inevitável, o único sítio onde o carro caberia era numa passadeira. Hoje, as 9h00 da manhã encontrei um fantástico autocolante, no vidro da frente, exactamente em frente ao lugar do condutor. Tive durante 20 minutos a tentar tirá-lo. Não consegui. Cheguei atrasada.

O caro peão exaltado, não terá muito a ver com isso, claro. Responsável que está e é por um movimento cívico que visa defender o pobre e inocente peão que, coitado, tem que se desviar 1,5 metros.

Não tinha conhecimento deste blog nem da forma de funcionamento, se tivesse teria tirado foto, para que o caro peão exaltado se pudesse debruçar com uma régua para medir à escala a quantidade de espaço livre que havia.

Mas, um movimento cívico é um movimento cívico que mais alto impera e a quem é indiferente a falta de civismo em colar autocolantes em viaturas que não são suas.

A nossa resposta

Olá S,

Agradecemos a sua mensagem. A nossa intenção é também gerar algum debate e por isso colocaremos a nossa resposta no blogue para que se gere a discussão.

A iniciativa Passeio Livre pretende afirmar-se como uma plataforma recíproca de alerta para o estacionamento abusivo e de distribuição dos autocolantes. Depois dos interessados nos requisitarem algumas cópias, a responsabilidade da colagem é individual.

Isso não significa que não reconheçamos a particularidade de cada caso. Tal como a S teve um dia cansativo e se esforçou para encontrar um estacionamento, há também casos extremos e recorrentes que não têm o seu civismo. Quando alguém vê um carro mal estacionado é claro que não vê os motivos ou a história do condutor. Tudo o que têm em comum é o facto de estarem em cima do passeio ou na passadeira.

Conheçemos bem Campo de Ourique. O problema de estacionamento é crónico apesar de haver um parque de estacionamento vazio. Só que quem tem carro não está preocupado nas lesões colectivas que provoca. E são várias. No caso dos peões, o seu espaço público é invadido. A S, até se ver confrontada com um autocolante colado na sua viatura, saberia que era só difícil estacionar. Não sentia que estivesse a cometer uma invasão. O que pretendemos é delimitar e esclarecer a fronteira entre o espaço viário e o espaço pedonal. Quem tem de resolver a falta de estacionamento são os automobilistas e a autarquia. Não quem tem o seu espaço invadido. Não é o nosso problema.

Para terminar, uma definição de civismo. A S considera que estamos-lhe em falta por colocarmos autocolantes em propriedade alheia. Nós consideramos que estas acções podem modificar comportamentos selvagens. Têm por isso mais prioridade. Além de que é falacioso porque não danifica. É um apelo ao bom-senso e a exigência de mais qualidade de vida. A indiferença e ausência de sentido crítico, estes sim, são os verdadeiros inimigos duma sociedade que se quer participativa.

Os nossos melhores cumprimentos