Caro "Peão Exaltado",
Ontem cheguei ao meu trabalho as 9h da manhã. Saí do mesmo às 23h, com uma hora de almoço. Um grau de felicidade relativo que ao "caro peão exaltado" nada interessa. Cheguei a campo de ourique às 24h00. Por volta da uma da manhã rendi-me ao inevitável, o único sítio onde o carro caberia era numa passadeira. Hoje, as 9h00 da manhã encontrei um fantástico autocolante, no vidro da frente, exactamente em frente ao lugar do condutor. Tive durante 20 minutos a tentar tirá-lo. Não consegui. Cheguei atrasada.
O caro peão exaltado, não terá muito a ver com isso, claro. Responsável que está e é por um movimento cívico que visa defender o pobre e inocente peão que, coitado, tem que se desviar 1,5 metros.
Não tinha conhecimento deste blog nem da forma de funcionamento, se tivesse teria tirado foto, para que o caro peão exaltado se pudesse debruçar com uma régua para medir à escala a quantidade de espaço livre que havia.
Mas, um movimento cívico é um movimento cívico que mais alto impera e a quem é indiferente a falta de civismo em colar autocolantes em viaturas que não são suas.
A nossa resposta
Olá S,
Agradecemos a sua mensagem. A nossa intenção é também gerar algum debate e por isso colocaremos a nossa resposta no blogue para que se gere a discussão.
A iniciativa Passeio Livre pretende afirmar-se como uma plataforma recíproca de alerta para o estacionamento abusivo e de distribuição dos autocolantes. Depois dos interessados nos requisitarem algumas cópias, a responsabilidade da colagem é individual.
Isso não significa que não reconheçamos a particularidade de cada caso. Tal como a S teve um dia cansativo e se esforçou para encontrar um estacionamento, há também casos extremos e recorrentes que não têm o seu civismo. Quando alguém vê um carro mal estacionado é claro que não vê os motivos ou a história do condutor. Tudo o que têm em comum é o facto de estarem em cima do passeio ou na passadeira.
Conheçemos bem Campo de Ourique. O problema de estacionamento é crónico apesar de haver um parque de estacionamento vazio. Só que quem tem carro não está preocupado nas lesões colectivas que provoca. E são várias. No caso dos peões, o seu espaço público é invadido. A S, até se ver confrontada com um autocolante colado na sua viatura, saberia que era só difícil estacionar. Não sentia que estivesse a cometer uma invasão. O que pretendemos é delimitar e esclarecer a fronteira entre o espaço viário e o espaço pedonal. Quem tem de resolver a falta de estacionamento são os automobilistas e a autarquia. Não quem tem o seu espaço invadido. Não é o nosso problema.
Para terminar, uma definição de civismo. A S considera que estamos-lhe em falta por colocarmos autocolantes em propriedade alheia. Nós consideramos que estas acções podem modificar comportamentos selvagens. Têm por isso mais prioridade. Além de que é falacioso porque não danifica. É um apelo ao bom-senso e a exigência de mais qualidade de vida. A indiferença e ausência de sentido crítico, estes sim, são os verdadeiros inimigos duma sociedade que se quer participativa.
Os nossos melhores cumprimentos
Mais uma coitada que "teve" que estacionar numa passadeira... tudo justificado pelo dia stressante que teve, claro. Coitada!
ResponderEliminarE o peão só tinha que se deviar 1,4 metros, não custava nada.
A argumentação é sempre a mesma, eu, eu, eu, caguei no outros embora não tenham culpa !!
Eu, que já colei dezenas e dezenas de autocolantes em vidros laterais, e que pretendo continuar a fazê-lo, considero indecente colá-los no vidro da frente. E, além de indecente, estúpido, porque enfraquece este movimento.
ResponderEliminarSinceramente, já nem sei. Talvez determinados casos os merececem....
ResponderEliminarAinda estou para ver, qualquer dia alguém já mesmo passado com este assunto - estacionamento abusivo, entenda-se - forra um carro a autocolantes amarelos e pretos e depois quero ver como é... :D
Esquecem-se de outro problema de estacionar em cima das Passadeiras, o de tirar visibilidade aos peões e a quem guia.
ResponderEliminarQuantas vezes já tivemos um ou outro susto por não vermos quem sai por entre 1,4 metros de carros...
Não percebo qual a diferença entre colar no vidro da frente ou no lateral. E será que também há diferença entre colar no vidro lateral impedindo a visão para o espelho retrovisor e colar mais acima ou abaixo não impedindo essa visão?
ResponderEliminarTalvez deva andar com uma régua ou então esperar que o condutor venha, pedindo-lhe para se sentar e perguntando se o autocolante colado onde vou estou a indicar incomoda a visibilidade. Para mim, autocolante é no vidro da frente ou no do lado, onde me der mais jeito.
Só 20 minutos para tirar o autocolante ?? Porcaria de cola :)
ResponderEliminarJá é a segunda vez que leo comentário de automobilistas incomodados com os danos (que não o são) em propriedade privada (o carro); pergunto-me se a propriedade pública (o passeio, a passadeira) não deveria ser tratada com a mesma deferência...
ResponderEliminarCara Srª,
ResponderEliminarSou para além de peão frequente, porque Lisboa tem uma óptima rede de transportes públicos, condutor ocasional. Habito uma zona no centro da cidade com caracteristicas semelhantes às de campo de ourique: pouco estacionamento disponível de forma gratuita. No entanto para mim, estacionar de forma ilegal nunca é opção. Estaciona-se mais longe de casa ou num parque pago. é relativamente simples.
Gostaria de colocar outro caso. A senhora y entra ao trabalho às 8h, tem uma hora de almoço e sai de lá cansada às 20h. Apanha o autocarro e chega ao bairro às 21h. Para chegar a casa ainda tem que se desviar de uma série da carros em cima dos passeios e passadeiras. Já de manhã cedo, pelas 7h da manhã, tinha tido necessidade de se desviar dos carros mal estacionados da noite anterior por pessoas que trabalham muito e por isso acham que têm o direito de estacionar onde lhes apetece. A senhora y poderia sair de casa um pouco mais tarde, pela manhã, se o autocarro ou eléctrico que apanha não ficasse por vezes parado devido a carros mal estacionados. A senhora y não percebe porque é que sendo o estacionamento um problema no bairro há vários anos se vêem tantos carros com matrículas recentes. Será que as pessoas não percebem que não há onde estacionar?
ResponderEliminarEu, como tendo enviado esse e-mail e mantendo a postura, acho que o vosso movimento assenta em duas grandes falácias:
ResponderEliminar1º - um movimento que apela para que o condutor não olhe só para o seu umbigo, e que é feito só a olhar para o umbigo do peão;
2º - um movimento pelo civismo que não se revela lá muito cívico.
A totalidade dos condutores é também peão e, acredito sinceramente que a maior parte dos condutores não olha àvidamente para um passeio e para um lugar vazio e pensa "epah, vou é estacionar no passeio que é mais giro".
As pessoas - a maioria, espero e, certamente o meu caso - estacionam em cima do passeio quando não tem alternativa viável. E, quer os peões queiram quer não, os carros não se podem pôr no bolso de trás das calças.
O vosso movimento e as vossas vozes indignadas, que fazem todo o sentido em casos de pessoas com dificuldades motoras e/ou pessoas com carrinhos de bébés, peca em muito pelo excesso. Não tirei foto mas neste momento tenho pena pq era perfeitamente possivel qualquer pessoa, mesmo com dificuldades motoras ou com carrinhos de bébés, passar ao lado do carro, no sítio onde ele estava. O autocolante foi uma manifestaçãozinha do "este também leva! este também leva!" e, a resposta a isto seria talvez criar-se um "movimento cívico pela boa vontade dos peões que podem dar um passo para ao lado sem morrerem por isso" e espetar na testa deste senhor um autocolante com uma cola má que só demorasse 20 minutos a sair e deixasse alguns vestígios para depois.
Sofia, pela sua brilhante ordem de ideias se eu não tiver dinheiro para comer, posso roubar, mas se for só um pouquinho não há problema. Quanto mais fala mais se enterra....
ResponderEliminarCaro anónimo, pela minha brilhante ordem de ideias, se você não tiver dinheiro para comer, pode tentar arranjá-lo pela maneira que a sua consciência lho permitir em vez de ficar a colar autocolantes nas carteiras das pessoas que o têm.
ResponderEliminarE, um bocadinho mais respeito (ou civismo) na forma como se dirige e nos comentários que faz, porque eu não ofendi ninguém directamente nem fiz qualquer tipo de apreciação sobre comportamentos individuais... a menos que esteja a aderir a um movimento cívico sem saber bem o q isso é.
Concordo totalmente com a Sofia. Kem nunca errou k atire a primeira pedra. Este tipo de iniciativa só serve para fomentar o fanatismo e o ego de certas pessoas k acabam por ter prazer em colar os autocolantes. Eu k veja alguém fazê lo na minha viatura...kem não está satisfeito só tem k chamar a policia municipal k é para isso k eles servem: Passar multas a kem infringe a lei
ResponderEliminarEstacionar em cima das passadeiras talvez seja menos aparatoso mas é potencialmente mais perigoso do que nos passeios. Não é por acaso que a lei não proibe apenas o estacionamento em cima, mas também a uma distância que não sei de cor, mas que não andará muito longe dos 2 metros das passadeiras. Crianças são mais baixas do que carros, quando aparecem na passadeira, se houver um carro a uma distância inferior a esses mais ou menos 2 metros, aparecem derrepente. O que acho espantoso, S, é que você não se dê conta do perigo potencial que criou, que não se penalize por isso, que se agarre à zanga e ao transtorno que o autocolante lhe causou, sem perceber a gravidade da atitude que o gerou.
ResponderEliminarOh, Isabel, você acredita realmente no que diz? Acha que se bastasse chamar a Polícia estariamos no que estamos? A sério, acredita?
ResponderEliminarBom.
ResponderEliminarJá faltou mais, para começarem a andar em bandos, pela madrugada a dentro (tipo militantes de um qualquer partido) com um balde de cola e uma trincha, a colar papelinhos em tudo o que é carro que encontrem na via pública e que achem que não está ao gosto deles. Principalmente se for carro de marca e de alta cilindrada.
É o gene marado do portuga - inveja (comunista).
S, a sua maneira de "arranjar dinheiro para comer" é segundo a sua consciência trangredir a lei. Não interessa se ficou algum espaço livre ou não para as pessoas passarem. O que está aqui em questão é que trangrediu e colocou potencialmente em perigo pessoas que ao atravessarem ficaram sujeitas a serem atropeladas devido à visibiliadade reduzida dos outros condutores que a sua atitude provocou. Espero que durma bem com a sua consciência..
ResponderEliminarO gene marado do portuga não é a inveja é a falta de civismo.
ResponderEliminarComo condutor, pergunto à senhora, cansada ou não: desde quando é permitido estacionar em cima de uma passadeira?
ResponderEliminarOu como no meu constante caso, na porta da minha garagem!!!
Onde vem esse cansaço contemplado no código da estrada?!
Acho que o autocolante até foi uma penalização menor. A ideal era mesmo o reboque e respectiva coima!
Os marca e de alta cilindrada costumam realmente ser os maiores prevaricadores. Talvez os donos queiram compensar algum handicap físico (leia-se sexual)
ResponderEliminarEu k veja algum burro armado em santinho colar um autocolante nano meu carro...
ResponderEliminarCinco metros é a distância mínima, não só de passadeiras, como também de cruzamentos/entroncamentos.
ResponderEliminarSe alguém respeita essa distância? Não! Já apanhei sustos porque me apareceram peões vindos de trás de um carro de alguém que não encontrou estacionamento noutro sítio!
Acontece que, por sorte não atropelei ninguém! E se atropelasse? Seria responsabilidade minha? Da pessoa que não encontrou estacionamento noutro sítio?
Não deixo de aceitar que o estacionamento em Lisboa está um caos, mas também não deixo de concordar com a iniciativa iniciada por este blog! Que sirva pelo menos para que os autarcas procurem soluções para o problema!
Isabel, quando for assim chame a polícia e aproveite e diga-lhes onde estacionou :)
ResponderEliminarMas afinal quanto é que custa uma resma desses auto-colantes (já com portes)?
ResponderEliminarCá estão os militantes do movimento cívico a serem extremamente cívicos!?
ResponderEliminarMAC
Isabel, qual é a marca e matricula do seu carro e onde costuma pará-lo?
ResponderEliminarEsta iniciativa quer delimitar os espaços do peão e o espaço dos automóveis. Isso não acontece actualmente. É claro que há excesso de carros na cidade e falta de oferta de estacionamento mas o que importa é que os automobilistas podem ESCOLHER não usar o seu carro mas outras formas de transporte. Enquanto não o fazem quem sai prejudicado é a cidade e os peões em particular (poluição, ruído, sinistralidade). Se são concedidas imensas liberdades aos automóveis à custa da cidade e dos peões, existe todo o direito de revogação do espaço roubado. O problema de estacionamento é um problema de QUEM QUER ESTACIONAR. Não é de quem anda a pé ou de quem usa o passeio.
ResponderEliminarAmen TMC
ResponderEliminarOh, Isabel, deixe-se lá de ameaças, que não surtem nenhum efeito além do de a caracterizarem como uma pessoa estranha e responda-me, se possível: acredita no que diz? Acredita que chamar a polícia resolve alguma coisa quando se trata de estacionamento selvagem? Acredita? Sim ou não?
ResponderEliminarVárias coisas com piada:
ResponderEliminar1º os "santinhos-muito-cívicos" não dão a cara (o nome) enquanto os terríveis acusados são os q estão suficientemente àvontade para se identificarem. Não deixa de ser irónico.
2º o "movimento cívico" continua a falhar em falta de... civismo. (ameaças?..)
3º - o "movimento cívico" mais parece um "movimento-religiosó-fanático". Todos os dias morrem 5 pessoas que vão atravessar passadeiras e que saem por trás dos carros e os condutores não os vêem, daí a elevada sinistralidade na estrada. Ai, não. hoje é dia 1 de abril, se não fosse eu teria que dizer que a elevada sinistralidade na estrada têm a ver com acidentes rodoviários acima dos 100km/h e não em peões que passam em passadeiras.
Se também há estes casos? Suponho que sim mas sabem uma coisa? Considero maior o dever cívico de ter especial cuidado quando me aproximo de uma passadeira e fazê-lo devagar e atentamente do que estacionar a mais de 5 metros dela. E acredito que evito mais acidentes desta forma.
4º - a iniciativa de separar as viaturas do espaço dos peões e vice-versa, para ter credibilidade, deveria ser um movimento cívico conjunto, entre peões e condutores, e não uma guerra aberta entre os mesmos. Pq? Porque as responsabilidades cívicas de uns e de outros são exactamente as mesmas: fazer o melhor possível com a realidade que se têm. Ou seja? É meu dever escolher um lugar regular em vez de um lugar irregular, e faço-o sempre que tenho escolha. É dever de um peão andar pela passadeira e não pela estrada, sempre que tem escolha. Neste momento, com a organização urbanistica que temos, não é possível ter sempre escolha. Forma de fazer com que haja sempre escolha? Juntar forças entre peões e automobilistas e pressionar quem de direito: para melhores transportes, para mais lugares, para menos emel (por exemplo!!) para mais pinos nos passeios até!..
5º - esta questão é de tal forma problemática que o facto de as forças policiais não tomarem sempre medidas extremas demonstra que estão a par dos dois lados do problema em vez de reaccionariamente só de um. Não demonstra ineficácia por parte das forças policiais, demonstra sensibilidade a problemas reais, coisa que aparentemente os comentadores deste blog não tem por estarem, justamente, demasiado presos ao próprio umbigo.
Eu particularmente não me dou ao trabalho de me identificar porque não sou fã de intimidades com quem eu não gosto. E você e o seu umbigozinho estão definitivamente nesse contexto.
ResponderEliminarSim Sofia. Aposto que pensava diariamente todos os dias nas dificuldades dos outros, dos peões, da cidade. A sua indignação só nasceu quando lhe escarrapacharam, e bem, o seu desmazelo no vidro. Escusa de inventar argumentos porque a Sofia está em falta. Apenas lhe custa aceitá-lo porque esse comportamento é aceite, apesar de estar legislado. E assim nasce o sentimento de impunidade.
ResponderEliminarA autoridade não funciona, a consciência cívica dos automobilistas também não. Por isso a acção justifica-se. Se há uma lei é para ser obedecida, não porque nos dá jeito e porque estamos a embirrar mas porque é de um bom-senso elementar.
Um dia que haja um incêndio numa zona da cidade e os carros dos bombeiros se vejam impedidos de aceder ao local por as ruas estarem atafulhadas de automóveis lembre-se da sua choradeira infantil.
Os peões não têm nada a ver com isso. O problema em arranjar estacionamento é vosso, não é nosso. Nós fazemos a nossa parte: recuperar um espaço nosso. Vocês façam a vossa parte. Se não conseguem, façam como eu, deixem o carro e o comudismo em casa.
ResponderEliminarGostava de acrescentar que um movimento sem rosto (como é o caso), de pouco serve, salvo fomentar ainda mais selva onde vivemos.
ResponderEliminarCriar um blog, imprimir autocolantes e incentivar à «violencia» de forma gratuita, sem se identificar, sem que se diga - somos nós! e defendemos isto!
É deveras cobarde.
E deixa cair por terra todo o movimento civico que poderia estar por de trás dos ditos autocolantes.
Apenas sobra a motivação à selvajaria.
S,
ResponderEliminar1 - É de facto estranho que quem lute contra a lei da selva tema represálias e quem beneficia dela não as tema. Muito estranho.
2 - Ameaças, sim, da Sra Isabel, às 16:03h.
3 - O que nos diz, no nº 3 é que está tudo bem em relação ao estacionamento, não há desrespeito, não há risco, não há nada que justifique um movimento que, por não lhe perceber a razão, chama de "religioso-fanático". Tenta estigmatizar-nos por não ter como rebater a realidade - e a realidade é que a maneira como estacionou o seu carro é indecente, ilegal e perigosa.
4 - Não lhe passa pela cabeça que 90 por cento de nós, que estamos neste movimento, é feita de peões-condutores? Ou pensa que todos os condutores têm que ser tão profícuos como você para arranjar desculpas para as próprias trapalhadas?
5 - dê uma olhadela nas fotografias deste blog e diga se o que rege a atitude das polícias é o bom senso.
Sofia, não exagere, não é preciso ser santo para abdicar de estacionar nas passadeiras e nos passeios.
ResponderEliminarAo Sr das 17:30h:
ResponderEliminarQuando se refere ao incentivo à violência está a pensar em quem - em quem ameaça bater-nos (é curioso que não tenham ameaçado chamar a polícia) ou aos que ameaçam riscar carros ou partir retrovisores? Faço-o notar que não há nada, nos promotores deste movimento, que incentive a violência. Se é verdade que aparece quem o faça, verdade também é que isso se dá dos dois lados - sendo que de uma parte as ameaças são à integridade do património e, da outra, à integridade física das pessoas. Qual lhe parece mais grave? Quanto à anonimidade, explique por que a nossa anonimidade nos torna inúteis e fomentadores da violência, que eu não entendi.
Sinceramente, quem tem dinheiro para comprar um carro tem que contar com as despesas de seguro gasolina e... estacionamento! Gasto mais de uma centena de euros para ter parqueamento, que nem é à porta de casa, e de caminho entre a garagem e casa ainda me ando a desviar dos "pobres coitados" que não querem assumir a responsabilidade pela sua compra/opção...
ResponderEliminarE quantas vezes já apanhei sustos ao ver peões a surgir por entre carros estacionados nas passadeiras! Se atropelar alguém sou eu que fico com o peso na consciência, a despesa de pagar indemnização ao peão, e o pobre desgraçado fica sabe-se lá como.
Ponham a mãozinha na consciência, por favor. Um autocolante não é um dano punivel criminalmente, nem sequer é um incómodo substancial. Mas as consequências de estacionar bloqueando a passagem de peões podem ser isso e ainda são (de certeza) contra-ordenação e uma grave falta de respeito pelo próximo.
A anonimidade é sinónimo de coisima nenhuma, visto que o palavrão não existe. Porém,anonímia é sinónimo de quem não se quer dar a conhecer (talvez por receio), de desconhecido, de clandestinidade, etc, etc...
ResponderEliminarEste pseud-movimento civico, não passa disso mesmo: CLANDESTINO. E por isso perde toda a credibilidade que poderia ter e que lhe era desejada.
São tantos os blogs (alguns de referência) que tratam de temas relacionados com a falta de civismo e cujos os autores ou mentores estão devidamente identificados. Ou seja: Têm TOMATES. Coisa que por aqui falta.
Cada um é revolucionário à sua maneira.
"5º - esta questão é de tal forma problemática que o facto de as forças policiais não tomarem sempre medidas extremas demonstra que estão a par dos dois lados do problema em vez de reaccionariamente só de um. Não demonstra ineficácia por parte das forças policiais, demonstra sensibilidade a problemas reais, coisa que aparentemente os comentadores deste blog não tem por estarem, justamente, demasiado presos ao próprio umbigo."
ResponderEliminarEste argumento levou-me às lágrimas! "Sensibilidade das forças policiais aos problemas reais" é absolutamente hilariante. Parabéns! Só posso concluir que deve levar uma vida muito facilitada ao ser completamente incapaz de reconhecer que erra. Admiro-a por isso.
Já agora, eu ser "Anónimo" ou a senhora ser "Sofia" é, neste contexto, exactamente igual. A não ser que queira, para defender a sua tese de não anonimato, aproveitar para se identificar com nome completo, morada e telefone. Assim, sim: deixaria de ser tão anónima quanto eu.
Dou-me ao trabalho? Não me dou ao trabalho? Vá, pronto, dou-me ao trabalho só mais uma vez:
ResponderEliminarAo último anónimo: a anonímia não é assim tão exactamente igual na medida em que vários anónimos aqui postam o que me impede de saber com que anónimo que já disse o quê estou a falar. Quer ver? vou continuar a comentar isto debaixo para cima, até me facilita a vida.
caro anónimo, efectivamente o movimento não tem a credibilidade que poderia (porque intenta e atenta a uma guerra entre civis) e muito menos o tem alguns "afiliados" cujos comentários dificilmente serão adjectivados de cívicos.
Cara outra Isabel, as pessoas quando compram os carros, coisa que a Isabel já saberá por certo, pagam um tal de imposto de estacionamento que significa isso mesmo, o pagamento ao estado pela utilização da via pública para efeitos de estacionamento. Deste ponto de vista, parece-me pouco razoável para me pedirem para pagar duas vezes a mesma coisa.
Caro anónimo, efectivamente não há nada que incentive à violência directa neste movimento "cívico" mas há toda uma agressividade subjacente quando se formam dois lados diferentes de uma questão que, como já disse, a meu ver, deveriam estar do mesmo lado.
Caro anónimo, efectivamente não é preciso ser santo para abdicar das passadeiras. Agora, no próximo domingo (por exemplo) dê um saltinho até campo de ourique as 23h00 e tente estacionar o seu carro. Depois avise como correu.
Peço desculpa mas não vou continuar a responder um a um, que o scroll up scroll down já me fastidia.
Imaginemos um mundo bonito e cor de rosa, civicamente bem educado ao jeito que voces o propõem, onde ng deixaria nunca o carro em cima de uma passadeira ou de um passeio, um mundo onde os peões poderiam passear sem ter que se desviar um metro de vez em quando e onde nada tenha sido feito além do que já existe para melhorar a organizaçao da via publica, aumentar os números de lugares de estacionamento ou melhoria de transportes públicos. Toda a responsabilidade para cima dos condutores, só o comportamento dos condutores como factor de alteração.
E imaginem um engarrafamento perene, a qualquer hora do dia, com a quantidade de carros a circular durante mais tempo do que o que circulariam, com condutores mais zangados e mal dispostos e com os peões enfiados em casa porque sair à rua só com máscaras de gás.
este movimento cívico simplesmente não é um movimento cívico porque a forma como quer solucionar o problema não é em si a forma de solução de problema. ponto.
tudo o resto são pessoas reaccionárias que facilmente se exaltam e perdem a razão em comentários depreciativos, ameaças vãs e superficiais julgamentos do outro (especialmente, como já foi dito, quando o outro tem um carro cuja marca é percepcionada como de alto valor). O que este movimento cívico está a conseguir fazer, e que me parece que ficou demonstrado nos comentários, é a criar (mais uma!!) barreira entre seres humanos merecedores do mesmo respeito e consideração.
é também assim que os preconceitos começam e acho que a história nos tem deixado claras as suas consequências. irónicamente, se o movimento do mundo tem sido ir eliminando esses preconceitos (igualdades entre homens e mulheres, raças, preferencias sexuais, etc) o movimento deste movimento está a ser criá-los. espero sinceramente que "movimentos cívicos"como este não se venham a tornar uma tendência social, já que me parece que os prejuízos que trazem são superiores aos benefícios.
(finalmente, tenho gente muito próxima que infelizmente tem dificuldades motoras, de forma que não, esta não é uma problemática nova para mim.)
De resto, espero que sejam todos muitos felizes com os vossos autocolantes e fico à espera de ver uma mão a segurar um para uma troca de ideias ao vivo e a cores, por mera curiosidade em saber se afinal o anonimato é assim tão indiferente.
Mais do mesmo, quase nada. Uma dúvida:
ResponderEliminarEssa proposta de troca de ideias ao vivo e a cores já lhe tinha surgido antes da colagem no vidro da sua viatura? Creio que não.
Não quer concretizar a sua proposta? Até pode ser em Campo de Ourique. Acho que a Sofia vai só esquecer este episódio e continuar a assistir impávida à espera que o problema se resolva. Nem aprendeu nada nem (da minha parte) contribui para nada. Apenas se desculpabilizou.
E o mundo idílico que imaginou já existe. Viaje um pouco, para fora do seu bairro, para fora da capital, para fora do país e poderá ver exemplos bem concretos onde a indigência dos condutores é multada. E os peões respeitados. E tudo parece funcionar, à conta de movimentos como estes.
Cara Sofia
ResponderEliminarsabe não existe nenhum imposto de estacionamento... existem sim parques de estacionamento é completamente diferente.
não sei se mora num prédio sem elevador mas na zona de campo de Ourique é provável.
imagine que compra um guarda fatos para colocar em sua casa, mas ele não cabe.
pode sempre deixar o guarda fatos na zona da escada desde deixe espaço suficiente para os seus vizinhos passarem. estou certo que nenhum deles a iria chamar a atenção...
alias até eram capazes de aprovar a sua ideia e começarem a fazer a mesma coisa. talvez ai a Sofia acha-se que não era muito boa ideia
Eu luto pelos meus direitos. Tenho o direito de andar pelo passeio, vou lutar por isso. O problema dos condutores não é meu. Se não têm sítio onde estacionar, porque é que hei-de sofrer eu?
ResponderEliminarJá estou a ver uma rábula dos Fedorentos: um gajo a ser apanhado pelo dono da viatura onde colou o autocolantezzzinho - a levar no focinho-, a chegar a Policia e obrigar o gajo do autocolantezzzinho a entrar no carro - que porventura está estacionado em cima de uma passadeira para peões-, e claro, - mais uma vez apanha no focinho-, porque cola um autocolantezzzinho no carro da Policia...
ResponderEliminarUfa!
Sofia,
ResponderEliminar"1º - um movimento que apela para que o condutor não olhe só para o seu umbigo, e que é feito só a olhar para o umbigo do peão;"
Pedir que o espaço do peão seja do peão é olhar para o umbigo dele? Você está a falar a sério ou a provocar?
Será que pedir que a estrada seja para os automóveis, é egoísmo dos automobilistas???
Amanhã vou sentar-me no meio da avenida e se alguém refilar eu respondo "não seja egoísta"
Concordo com a Sofia (a condutora indignada com o autocolante) que existem aqui comentários mais infelizes. Tendo em conta o que são a generalidade dos comentários em variadíssimos blogs e jornais online, não me surpreende.
ResponderEliminarContudo gostava apenas de tentar situar um pouco o que me parece que é este "movimento cívico". Afinal, trata-se simplesmente de colar um autocolante no vidro de automóveis estacionados em cima do passeio ou de passadeiras. Onde é que este acto é catalisador de divisão entre seres humanos, como a Sofia recrimina? Quanto a mim, em lado nenhum. O que gera divisão é a atitude de quem estaciona o automóvel de forma ilegal, que considera um pequeno autocolante como um ataque pessoal e recusa admitir o erro no estacionamento.
De salientar que movimentos deste género já existiram noutros países, por exemplo na Alemanha. Talvez seja por isso (e agora especulo) que nesses países se pode circular a pé com tranquilidade.
Cumprimentos
Cara Sofia,
ResponderEliminarhá duas razões pelas quais muita gente por trás do ARRANQUE deste movimento se quis manter anónima:
- salientar isso mesmo, isto não é um associação. Quem quiser que imprima e cole o autocolante, só pedimos que respeite as regras como respeito a quem preparou o autocolante. Ao usar nomes, rapidamente se tornaria algo pessoal. Queremos que não faça sentido falar em "adesão", porque não é um grupo.
- ameaças. Sim há muitas ameaças físicas. Muitas bem graves. Eu já fui ameaçado por dois indivíduos fisicamente que pararam o carro, e sairam dele, depois de eu lhes ter berrado quando quase me atropelavam num sinal verde. Ainda estou aqui por acaso. E os exemplos continuam. Não os censuro por quererem manter-se anónimos.
Se quer mesmo saber, chamo-me Miguel Carvalho.
Quer o BI ou cartão de contribuinte?
imposto de estacionamento???!?
ResponderEliminarsofia, largue as drogas
Sofia (e companhia), compre acetona, pois vai precisar.
ResponderEliminarNão aprendeu nada com a experiência.
Volto a repetir o que alguém disse aqui antes, quase todos somos condutores e peões, se calhar mais condutores do que peões.
Eu ando a pé raramente e apoio 100% este movimento.
Está a trazer à tona um tema afundado, submerso na sociedade egoísta que temos.
Sofias há muitas, portanto não pense que deixou de ser anónima.
Sofia, eu não faço parte deste blogue, mas aconselharam-me a vir cá ler os seus disparates.
ResponderEliminarEu , ao contrário deste movimento, não sou cívico, e ao contrário de si, não sou cívico. Mas tenho um irmão de canadianas e garanto-lhe: se vir o seu carro estacionado no passeio, a perturbar a minha ou sua passagem e a por-me em perigo, não leva com um autocolante (não os tenho). Chamo a polícia só depois de lhe furar os 4 pneus.
Cumprimentos de um peão anónimo.
Caro peão anónimo, acho muito bem que chame a polícia, embora nenhuma das minhas chamadas tenha algum dia suscitado qualquer efeito. Não acho bem que fure pneus ou deprede de alguma maneira o que quer que seja. Com os autocolantes não precisa de recorrer a isso, que deixa sempre um gosto amargo na boca. Escreva para peao.exaltado@gmail.com e peça autocolantes. É muito mais eficaz.
ResponderEliminarSofia, Isabel:
ResponderEliminarO vosso nome próprio garante-lhes tanto anonimato como as nossos heterónimos. Se quiserem identificar-se, com número de matrícula do automóvel e local onde sentem que foram vítimas de abuso, teremos todo o gosto em identificar quem colou o autocolante e fazer reportar à polícia o acontecimento, com as vossas mensagens em anexo.
Cumprimentos: João
Cara Sofia e Isabel:
ResponderEliminarDigam-nos qual foi a escola em que tiraram a carta, e peçam-lhes uma indeminização, já que não lhes ensinaram o código em condições e por isso se deveriam considerar pura e simplesmente burladas.
Já agora, digam onde estacionam. Queremos mandar lá alguém que vos dirá: o autocolante até era de borla, a coima não: aqui tem, pode pagar no nosso multibanco. ^_^
Olá a todos
ResponderEliminarPois fico muito contente que as pessoas lutem pelos seus direitos tanto os peões como os condutores, so quero deixar aqui uma ponto de vista, quando um gatuno é apanhado a roubar é preso se um condutor transgride pois deve de ser punido mas o condutor nunca o veiculo que nao tem culpa nenhuma de quem o conduz.
Com isto termino imaginem que eu empresto o meu carro a um amigo ele estaciona em cima de um passeio ( que eu nao concordo) e aparece aquele senhor que fura pneus, que culpa tenho eu e o meu carro que o meu amigo seja pouco civico.
Abraço a todos e obrigado
João, a pessoa a responsabilizar é unicamente o seu amigo. A partir do momento que anda com o seu carro e não o respeita a si, para já não merece ser seu amigo e depois terá de chegar à frente com qualquer dano.
ResponderEliminarOlá novamente
ResponderEliminarÉ justo, so acho que o simples autoclante chega.
Quem tanto se queixa do autocolante devia ponderar que, em muitos casos, ele até pode servir para substituir a depredação - gente que não tinha outra maneira de expressar o seu inconformismo agora tem.
ResponderEliminarTretas.
ResponderEliminarCaro Sofia (e anónimos que a apoiam)
ResponderEliminarApoio incondicionalmente as tuas reclamações. E só decidi escrever isto para te propor que sejas sócia-fundadora de um nóvel movimento cívico, denominado "Peão? Não, obrigado!".
Peões porquê? Os peões não pagam impostos como o automóvel, logo não têm razão de existir! Exterminem-se! Abaixo os passeios! E as passadeiras! Esses miseráveis elementos urbanos que impedem o livre estacionamento das nossas criaturas de quatro rodas e custam balúrdios de dinheiro dos impostos pagos por quem tem carro! Que se proíba a circulação em bicicleta, patins, trotinetes, tábuas de engomar e outros bichos esquisitos que infestam as vias rápidas das nossas cidades e que impedem a circulação e o arquivo dessa força de progresso que é o automóvel! Além do mais tais meios de locomoção não pagam impostos, sendo portanto uns chulos chupadores do orçamento automóvel!
Pugnemos pela total erradicação de zonas de lazer absurdas como jardins e parques naturais - é um desperdício de espaço para o nosso carro. Em vez de um Parque Eduardo VII para peões que não pagam impostos seria mais justo ter um Estacionamento Eduardo VII. À borla, claro, pois o pópó já paga muitos impostos e o pópó é algo sagrado, temos o direito bovino, perdão, divino de possuir um e colocá-lo onde muito bem nos apetecer, principalmente quando estamos cansados e mal temos força para procurar um lugar decente para parquear o bólide. E que à frente de cada lugar de estacionamento (ou seja, qualquer lugar) esteja um espelho para podermos olhar embevecidos o nosso umbigo.
Mais, criem-se leis que proíbam a circulação pedestre, pois isso é coisa da pré-história e nós vivemos na era do progresso e da tecnologia! Não vivemos no século XVIII, idade pré-histórica onde o que mais vagamente se assemelhava a automóveis eram umas porras chamadas coches. Que se proíbam terminantemente seres incompletos como cegos, manetas e pernetas de circularem nas vias das nossas cidades, pois não queremos que as suas muletas e bengalas risquem ou danifiquem de qualquer modo as nossas sagradas criaturas, perdão, viaturas! No entanto, como somos civilizados, podemos tolerar a circulação de cadeiras de rodas, desde que sejam movidas a motor e não à força de braços, esses apêndices dos séculos atrasados.
E que sejas a primeira a dar o exemplo e a permitir - não, a exigir! - que alguém estacione o pópó à porta da tua casa, seja ela um prédio, uma moradia ou uma barraca. Porque tanto se está cansado em Campo de Ourique como em Mem Martins. E, para não deixar quaisquer dúvidas de que não estamos a brincar, colar autocolantes onde estivesse escrito "Peão? Não obrigado!" na testa de todos esses seres retrógrados que insistem em andar a pé na rua onde moras. E na cidade onde trabalhas.
Boas pedaladas.
Não, não soa coerente. Não sei como me hei-de despedir. Talvez “Boas pisadelas”? Ou “bons atropelamentos”? A Sofia (e quejandos) que escolha e risque o que não interessa.
A S. trabalhou 15 e ainda reclamou que lhe tenham colado alguma coisa no seu vidro???
ResponderEliminarDeve ter sido a sua única relação não laboral nesse dia e ainda reclama???
Que triste vida, S.... Que tristeza...
Depois de ler todos estes comentários - tenho (in)felizmente tempo e paxorra para isso -, apenas quero relembrar uma coisa (ou várias coisas) a quem tem viatura e, que de certeza absoluta teve que cumprir e saber (a não ser que a carta de condução lhe tivesse saído na Farinha Amparo), durante as lições para futuro condutor e no exame de condução, as leis que teria de cumprir para se habilitar à mesma (carta de condução). E não, não tenho nem nunca tive automóvel de 4 rodas mas andei mais de 30 anos em cima de duas rodas (vulgo moto) e apesar de ter um vo´lume muito inferior a uma viatura, preferi, enquanto a tive e até por razões de segurança, pagar um estacionamento numa garagem que depois me fazia ir de eléctrico até casa. E também me levantava às 7 da manhã e chegava a casa pelas 20 horas, depois de um dia stressante no trabalho. Mas adiante e como ia dizendo, diz o Código da Estrada, na sua última edição, o seguinte:
ResponderEliminarSUBSECÇÃO VI
Paragem e estacionamento
Artigo 48.º
Como devem efectuar-se
1 - Considera-se paragem a imobilização de um veículo pelo tempo estritamente necessário para a entrada ou saída de passageiros ou para breves operações de carga ou descarga, desde que o condutor esteja pronto a retomar a marcha e o faça sempre que estiver a impedir ou a dificultar a passagem de outros veículos.
2 - Considera-se estacionamento a imobilização de um veículo que não constitua paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação.
3 - Fora das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer-se fora das faixas de rodagem ou, sendo isso impossível e apenas no caso de paragem, o mais próximo possível do respectivo limite direito, paralelamente a este e no sentido da
marcha.
4 - Dentro das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer-se nos locais especialmente destinados a esse efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais próximo possível do respectivo limite direito, paralelamente a este e no
sentido da marcha.
5 - Ao estacionar o veículo, o condutor deve deixar os intervalos indispensáveis à saída de outros veículos, à ocupação dos espaços vagos e ao fácil acesso aos prédios, bem como tomar as precauções indispensáveis para evitar que aquele se ponha em movimento.
6 - Quem infringir o disposto nos n.ºs 4 e 5 é sancionado com coima de € 30 a € 150.
Artigo 49.º
Proibição de paragem ou estacionamento
1 - É proibido parar ou estacionar:
a) Nas rotundas, pontes, túneis, passagens de nível, passagens inferiores ou superiores e em todos os lugares de visibilidade insuficiente;
b) A menos de 5 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos ou rotundas, sem prejuízo do disposto na alínea e) do presente número e na alínea a) do n.º 2;
c) A menos de 5 m para a frente e 25 m para trás dos sinais indicativos da paragem dos veículos de transporte colectivo de passageiros ou a menos de 6 m para trás daqueles sinais quando os referidos veículos transitem sobre carris;
d) A menos de 5 m antes e nas passagens assinaladas para a travessia de peões ou de velocípedes;
e) A menos de 20 m antes dos sinais verticais ou luminosos se a altura dos veículos, incluindo a respectiva carga, os encobrir;
f) Nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direccionais, nas placas centrais das rotundas, nos passeios e demais locais destinados ao trânsito de peões;
g) Na faixa de rodagem sempre que esteja sinalizada com linha longitudinal contínua e a distância entre esta e o veículo seja inferior a 3 m.
Artigo 50.º
Proibição de estacionamento
1 - É proibido o estacionamento:
a) Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos;
b) Nas faixas de rodagem, em segunda fila, e em todos os lugares em que impeça o acesso a veículos devidamente estacionados, a saída destes ou a ocupação de lugares vagos;
c) Nos lugares por onde se faça o acesso de pessoas ou veículos a propriedades, a parques ou a lugares de estacionamento;
d) A menos de 10 m para um e outro lado das passagens de nível;
e) A menos de 5 m para um e outro lado dos postos de abastecimento de combustíveis;
f) Nos locais reservados, mediante sinalização, ao estacionamento de determinados veículos;
g) De veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques ou semi-reboques quando não atrelados ao veículo tractor, salvo nos parques de estacionamento especialmente destinados a esse efeito;
h) Nas zonas de estacionamento de duração limitada quando não for cumprido o respectivo regulamento;
i) De veículos ostentando qualquer informação com vista à sua transacção, em parques de estacionamento.
2 - Quem infringir o disposto no número anterior é sancionado com coima de € 30 a € 150, salvo se se tratar do disposto nas alíneas c), f) e i), casos em que a coima é de € 60 € 300.
Ora, se a Lei é para ser cumprida, não entendo a exaltação de quem advoga o direito de estacionar a viatura em cima dos passeios (destinados exclusivamente aos peões e não a viaturas), em cima das passadeiras (destinadas exclusivamente à travessia de peões), em cima das paragens de transportes públicos, em locais assinalados e demarcados na estrada com tracejado amarelo e antecedidos de sinais de proibição de parar/estacionar, em cima dos passeios e à frente das portas dos prédios - esta é a parte que mais me incomoda - e por aí fora.
Mas se já me queixei de várias situações de infracção à PSP, mais concretamente à Polícia Municipal que, invariavelente informa que a situação encontra-se controlada, o certo é que as infracções, pelo menos na minha rua (que não tem pilaretes), são diárias e durante as 24 horas do dia. Num troço de rua bastante loingo, viaturas estacionam em cima dos passeios de um lado e de outro da estrada, obrigando os condutores da Carris a manobras incríveis para poderem passar as suas viaturas lado a lado (nos dois sentidos, entenda-se) sem bater em nenhuma das viaturas estacionadas. E quando infelizmente se tem familiares com graves problemas de saúde que, a qualquer momento poderão ter a necessidade de serem evacuados de ambulância para o hospital, e essa evacuação poderá não ser feita de imediato porque entretanto encontra-se em cima do passeio e à frente da porta do prédio uma viatura estacionada, colocando em risco a vida do sinistrado; e quando mães têm de andar com os carrinhos de bébé pela estrada porque os passeios encontram-se atulhados de viaturas; e quando idosos, pessoas com canadianas e pessoas normais, arriscam a ser esmagadas contra as viaturas (já senti pelo menos por 3 vezes o roçar de retrovisores no meu braço), porque o espaço que lhes está destinado (os PASSEIOS), encontram-se atulhados de viaturas quase coladas umas às outras, os carros patrulha da PSP passam para cima e para baixo várias vezes ao dia e nada fazem, eu pergunto: mas ainda existe alguém que defenda este tipo de situações? Será que os peões que têm de correr risco de vida, andando pela estrada (destinada às viaturas), não têm o direito à indignação? Já sei que vivemos num país terceiro mundista, mas bater no fundo desta maneira já se entra na área da selvajaria total!
O comentário anterior é longo mas recomenda-se :)
ResponderEliminarÉ assim que se fala!
Sofia,
ResponderEliminarÉs tão infeliz...tenho pena de ti...
Não acredito que alguém, homem ou mulher, se apaixone por ti.
Os teus argumentos são de alguém que não está bem com a vida... de alguém que não tem vida!
Filipe Ferreira
Vou começar a colar um autocolante na testa de todos aqueles que mandarem fumo de cigarro para cima de mim na rua, uma vez que me estão a matar a longo prazo. Alguns dos comentário aqui ditos parecem-se com esta frase que disse ao inicio. Uma perfeita estupidez. Querem fazer algo para penalizar os que param nos passeios? Chamem a polícia. É bem mais fácil colar o autocolante e ir embora do que lá ficar e justificar os actos. Chamem a polícia e fiquem á espera que chegue, e preencham os formulários de queixa (que têm direito como cidadãos). Colar e ir embora..... parece-me que houve alguém aqui que usou a palavra "covarde"... Colem o autocolante e deixem lá o vosso nome, morada e nº telefone... depois falamos...
ResponderEliminarcaro anónimo porque motivo não deixa o seu nome morada e numero de telefone sempre que estaciona o seu carro em cima do passeio, parece me lógico que o faça, ou é um covarde que apenas deixa la o carro e vai embora não fica para ver o transtorno que da aos seus concidadãos, (ou apreciar a sua obra de arte).
ResponderEliminarpare e pense nos disparates que diz... ou o acto de pensar é muito complicado para si
hó fernando!
ResponderEliminarmas o próprio carro já identifica o seu proprietário, como é óbvio.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"Hó" caro anónimo, o carro identifica-se a ele com a matricula, marca e modelo. o dono do carro ele não identifica mas ok...
ResponderEliminarEu normalmente colo autocolantes em todos os vidros, 2 a frente, 2 a tras, e um em cada vidro lateral, que é para verem o quanto custa esta do lado da estrada a tirar os autocolantes e a arriscar a vida. aos que se portam mesmo mal , racha-se os 2 retrovisores, nunca mais voltam a fazer a mesma proeza, garantido.
ResponderEliminarAo me deparar com este movimento, comecei a pensar que era algo bom, para mudar a mentalidade das pessoas a estacionarem no sitio certo, depois de ver algumas fotos e ler alguns comentários só posso reprovar este movimento pelo seu fanatismo e extremismo, acho impressionante ao que o vosso ego chegou para acreditarem cegamente que estão a fazer o certo quando estão a fazer algo totalmente errado, todo este movimento deixa de ter razão, é triste se ver como se transforma uma grande ideia em algo tão mau.
ResponderEliminarApoiado (Sr(a). das 3:02)
ResponderEliminartenho neste momento o meu carro em campo de ourique estacionado em cima de uma passadeira com uma camara apontada. Peço que alguem coloque um autocolante para me educarem civicamente. eu tratarei de vos educar qt ao respeito pela propriedade privada...
ResponderEliminarPs: rua Coelho da Rocha, é um ford azul.
Alguém o fez? Teria sido giro! Este senhor acha que é a força de pancada que vamos ter mais civismo. Engraçado era o que colasse o autocolante ter o dobro do tamanho dele, para ver se a 'lei da força' afinal lhe convinha assim tanto.
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