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Sensibilização policial

No dia 3 de Abril, em Lisboa, enquanto alguns agentes da PSP andavam a "sensibilizar" ciclistas para evitar atos de "indisciplina", outros asseguravam que a ciclovia ribeirinha fosse devidamente usada... para estacionamento automóvel. Isto porque decorria um evento relacionado com o rali de Portugal e, provavelmente, não ficaria bem alguém deslocar-se de bicicleta ou transportes públicos ao local de uma prova automobilística.

Depois de animada conversa com um agente da PSP no local, fiquei a saber que fora a CM Lisboa que ordenou a presença dos agentes no local, para assegurar aquela ocupação indevida, mas autorizada. Apesar da recomendação recente da PSP, através de campanhas no Facebook, para que os ciclistas não circulem "pelos locais reservados a peões", nem conduzam "em locais como vias reservadas", o mesmo não se aplica aos automobilistas. Ou, segundo palavras do agente, porque aquele era um dia especial. Como saberão muitos ciclistas, infelizmente, há muitos dias especiais como aquele.

É frequente a CM Lisboa chutar para canto as responsabilidades, que é como quem diz, dizer que a PSP é que determina quem vigia o quê, ou que a Administração do Porto de Lisboa é que manda ou, ainda, que é a Capitania que tem autoridade sobre a frente ribeirinha. Tudo desculpas já lidas e/ou ouvidas. Para autorizar, está lá a CML. Para fazer cumprir é que nem por isso...

Abaixo, algumas fotografias de como foi feita a ocupação de ciclovia e passeios, nesse dia de sensibilização, tudo para que o direito sagrado ao estacionamento do automóvel não seja profanado. Muitas mais fotografias poderiam ser publicadas, mas correria o risco de ser maçador.




A maior parte dos passeios da zona encontravam-se da forma que se vê na fotografia acima!

Pavimento das ciclovias também não é para automóveis...

Em Oeiras, não há via que não seja susceptível de ser ocupada parcial, ou totalmente, por automóveis. Apesar de poucas e más, existem algumas ciclovias em Oeiras.

A das fotografias, na Quinta das Palmeiras, é uma daquelas anedotas que um qualquer autarca de intelectualidade obesa resolveu criar há alguns anos, num espasmo de preocupação com as bicicletas. Provavelmente, o objectivo não seria outro que retirá-las do caminho dos automóveis, de que este concelho tanto gosta, e com acérrimo fanatismo defende.

Naturalmente, ou não estivéssemos em Portugal e, mais particularmente, em Oeiras, a ciclovia foi ocupar o passeio e, como se isso não bastasse, não se poderia negar o acesso dos automobilistas a tanto espaço livre para estacionar.

De manhã e à tarde, o movimento é intenso, com os pais que vêm depositar e levantar as crianças à escola. De noite, serve como estacionamento particular de quem acha que deve ocupar e, consequentemente danificar, o espaço público com o seu automóvel. O resultado é óbvio, com a clara destruição do pavimento da ciclovia e, menos perceptível nas fotografias, um autêntico ondular da calçada, mais calcada nuns pontos do que noutros.

Agora que se fala tanto na calçada portuguesa, e como é imprópria para pavimento de passeios, talvez valha a pena referir que, se os passeios continuarem a servir para estacionamento de automóveis, é bom que passem a construir os passeios com betão armado, para resistirem a esse tipo de utilização...









Abuso de autoridade da PM de Lisboa


From: *****
Subject: Abuso de autoridade
To: pm@cm-lisboa.pt

Exmos Senhores,

Na passada semana, ia eu a caminho de casa, quando em plena ciclovia, me deparo com uma carrinha da PM (foto em anexo), estacionada e ocupando as duas faixas da mesma.

Não percebo como esta situação é possivel, vindo de quem vem.

Não percebo como pode esta situação ocorrer, quando se pode ver na imagem que existe espaço para uma paragem rápida, sem interferir com as restantes pessoas e restante circulação.

Parece-me um muito mau exemplo, uma muito má atitude da vossa parte! Tal como V.exas nos exigem um bom comportamento civico, também eu me sinto no direito de vos exigir o mesmo. Certo?

Cumprimentos,
*******

Ciclovia de Belém

Nas noites de 5ª, 6ª e sábado, é "normal" não se poder circular nesta ciclovia, em troços entre o Cais do Sodré e a Rocha Conde de Óbidos, bem como entre a doca de Sto Amaro e a Central Tejo.

Esta fotografia foi tirada no dia 27/01/12, ao fim do dia e longe de locais de diversão nocturna. E, os prevaricadores não são os habituais bêbedos ao volante. Este carro estava estacionado ao lado da rosa dos ventos, à frente do padrão dos descobrimentos, e pertence à Administração do Porto de Lisboa.

Com a agravante de este ser um dos locais de Lisboa com mais visitantes estrangeiros a quem, mais uma vez, damos o "prazer" de apreciarem os monumentos nacionais com carros à mistura.

Será que, à semelhança de alguns agentes das forças de segurança, também são a autoridade e, por isso, não têm de dar o exemplo?



No Reino do Caos e do Absurdo


Cena habitual, junto à Rua Pedro Ivo
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Depois de se servir da passadeira rebaixada como acesso, o condutor deve ter hesitado: «Estaciono na ciclovia, ou no passeio?». Acabou por usar um pouco de ambos...
As fotos foram tiradas num sábado,  mas no dia seguinte o carro ainda lá estava. E isso, apesar de, nesses dias e nessa zona, o estacionamento ser gratuito e não escassear.

A Av. do Brasil (parte 3)

Esta situação, do lado nascente da Av. do Brasil, tem duas peculiaridades:
A primeira, que já não merece comentários (porque já aqui foi muito referida e discutida), é o sinal informando da existência de um parque em cima do passeio.
A segunda - essa, sim, curiosa - tem a ver com o facto de o acesso a esse parque se fazer por uma ciclovia, com direito a rampazinha e tudo.

E já que falamos de ciclovias...

Lisboa, ciclovia do Campo Grande
11h20m de 11 de Maio de 2011
.
Adivinhe-se a quem pertence a carripana...

por falar em ciclovias

Nesta foto, gentilmente cedida por um leitor, podemos observar três realidades:
1.ª realidade: Ciclovia criada no meio de um passeio, roubando o espaço dos peões;
2.ª realidade: Peões em amena cavaqueira no meio da ciclovia;
3.ª realidade: Automóvel a bloquear a ciclovia.
Quid iuris?

carta de um munícipe

«Caro Antonio Costa

Trabalho na Avenida do Brasil e assisto ao inicio da construção de uma ciclovia sobre o passeio norte. tenho as maiores duvidas acerca da decisão de não interferir com a faixa de rodagem em detrimento de um passeio antes largo e seguro. Estou convencido de que e uma opção perigosa e de que vamos assistir a acidentes graves – esse passeio e percorrido pelos meus vizinhos na sua esmagadora maioria idosos, pelos utentes do parque de saúde ex Júlio de Matos sob o efeito diário de medicamentos que limitam consideravelmente a percepção, em suma, por grupos de risco para quem uma colisão pode significar a causa do fim de uma vida, ou uma diminuição grave da qualidade da mesma – e isto numa avenida com duas faixas de rodagem automóvel em cada sentido.

uma ciclovia oferece um piso apetecível para um peão, regular, liso e confortável, isento de mobiliário urbano, de paragens de autocarro, de caldeiras de arvores, de automóveis estacionados, uma trajectória linear e desimpedida. e uma escolha inteligente escolher o caminho mais fácil. Parece-me pois perverso este ‘presente envenenado’. um passeio e um plano de movimento complexo, onde pessoas se deslocam em ambos os sentidos de qualquer direcção, a diferentes velocidades, desviando-se e ultrapassando-se umas as outras sem aviso prévio, evitando trelas de cães, sacos e carrinhos de compras, crianças, pombos, entrando e saindo de edifícios, frequentemente com a atenção comprometida por chamadas de telemóvel, pelo jornal, pela conversa uns com os outros, em suma, e um domínio onde os graus de liberdade de movimento e a variação de velocidade são infinitamente mais complexos do que aqueles permitidos e praticados por um condutor num veiculo motorizado, ou não, numa faixa de rodagem. introduzir num passeio bicicletas, skates e patins em linha – penso que e razoável referir estas três utilizações, pelo menos – faz-me antever colisões potencialmente muito perigosas.

O passeio sul foi recentemente reduzido com estacionamento automóvel, o passeio norte sofre agora esta intervenção, e prossegue o estacionamento ilícito sobre os passeios apesar das campanhas pontuais de fiscalização, manifestamente insuficientes (pela primeira vez em 10 anos vi os passeios sem automóveis por breves momentos, uns dias somente, mas prossegue o estacionamento ilícito).

Para terminar, reconheço e aprecio outras acções e actividades iniciadas ao nível da promoção da qualidade e segurança dos passeios de Lisboa – nomeadamente o inicio da fiscalização do estacionamento ilícito (tem de ser progressivamente menos tímido, constante e inflexível; não podemos, por exemplo, ter agentes de uma qualquer policia de plantão numa esquadra, no interior de uma viatura, a acompanhar uma obra, a fazer uma ronda, sob o olhar de quem pareça normal estacionar sobre um passeio, e isto quando não são os mesmos em flagrante incumprimento), o alargamento de passeios (precisamos de eliminar definitivamente as faixas de calcada com ‘um palmo’ de largura, gostei de ver os passeios perto de São Bento a serem alargados), a plantação de arvores (os benefícios ambientais são um factor decisivo para a cidade).

com os meus cumprimentos,»
Carta de um leitor, enviada ao gab.presidente@cm-lisboa.pt, CC ao PL.