Lisboa: Orçamento Participativo 2010
Alguns exemplos:
Mobilização total para o programa "zero carros nos passeios"
Este programa visa à mobilização geral dos serviços camarários para acabar de vez com os carros nos passeios, a melhor vergonha lisboeta que não existe em nenhuma outra parte do mundo civilizado. Sugiro uma verba no orçamento para: -recenseamento exaustivo dos casos de estacionamento nos passeios, com a ajuda dos cidadãos. -definir um modelo de pilaretes único para toda a cidade que seria também um ex-libris do mobiliário urbano especifico a Lisboa. -enfim, colocar os pilaretes nas ruas recenseadas faseando por eixo, bairro, sector etc, e publicitando as obras
2009-11-16
Número de proposta: 11
Alargamento dos passeios da Rua da Escola Politécnica
Esta rua regista um fluxo pedonal muito intenso. Mas este facto não tem correspondência na dimensão diminuta dos passeios. São pequenos e em vários lugares há estreitamentos devido a candeeeiros e sinalização. Nem sequer há espaço para instalar paragens de autocarros! No entanto, a rua tem 4 faixas de rodagem, 2 delas para estacionamento. Os peões estão a ser prejudicados. É necessário aumentar o canal pedonal para o dobro. Com passeios largos toda a comunidade ganha - incluíndo o comércio tradicional pois será mais confortável e seguro andar a pé.
2009-11-21
Número de proposta: 68
Elevação de passadeiras nas zonas residenciais da cidade
Elevação de passadeiras nas zonas residenciais ao nível dos passeios, passando estas a ter as mesmas características dos passeios adjacentes. Esta alteração permitirá um melhor usufruto do espaço público pelos habitantes da cidade, facilitando também bastante a mobilidade de pessoas com menor mobilidade: pessoas em cadeiras de rodas, idosos, carrinhos de bebé, etc.
2009-11-22
Número de proposta: 83
Basta de estacionamento nos passeios!!!
Não ao estacionamento nos passeios! Já chega de incompetência das autoridades que durante anos a fio têm fechado os olhos à maior vergonha da cidade de Lisboa que é o estacionamento ilegal e abusivo de veículos que barra a passagem dos peões que têm o DIREITO de circular à vontade nos passeios. Basta ir à zona de Benfica, como à Av. Gomes Pereira ou R. da Venezuela, para ver o que se passa à vista de todos. Porquer não a colocação de pilaretes nestas zonas problemáticas?
2009-11-24
Número de proposta: 116
Secretário-geral do Gabinete de Segurança Interna ferido em acidente
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Os dois responsáveis dirigiam-se para o Ministério da Administração Interna (MAI), para assistirem à cerimónia de tomada de posse dos governadores civis. O acidente envolveu duas viaturas - aquela em que seguia Mário Mendes, que pertencia ao Ministério da Administração Interna, e uma outra da Assembleia da República.
Ambos os responsáveis feridos foram transportados para o Hospital de S. José. Para além de Mário Mendes e de Paulo Lucas, deram entrada no mesmo hospital o motorista e um elemento do Corpo de Segurança Pessoal.
Segundo uma nota do hospital, emitida depois das 21 horas, todos os feridos estão em "situação estável com prognóstico favorável". Mário Mendes está a ser submetido a uma intervenção cirúrgica à face e Paulo Lucas está a realizar exames complementares.
O acidente teve lugar sensivelmente a meio da avenida, perto do Cinema S. Jorge. No local estiveram três ambulâncias do INEM e duas viaturas dos bombeiros para desencarcerar as vítimas.
Sabe-se que as viaturas envolvidas eram dois carros descaracterizados de alta cilindrada que seguiam em alta velocidade e que o embate projectou uma das viaturas contra um semáforo e uma placa publicitária. Um dos automóveis envolvidos pertence ao parque automóvel da Assembleia da República, confirmou ao PÚBLICO o chefe de gabinete do presidente Jaime Gama. "Na viatura seguiam dois motoristas do Parlamento mas não sofreram qualquer ferimento."
O acidente provocou problemas de circulação em toda a baixa da cidade e afectou também a zona do Marquês de Pombal e Saldanha. O trânsito foi desviado para as artérias laterais da avenida.
Ministrou visitou feridos no hospital
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, visitou os feridos do acidente, tendo saído do Hospital de São José sem prestar declarações.
Fonte oficial do hospital confirmou à Lusa que o ministro Rui Pereira esteve no local, "foi visitar todos os doentes e foi-se embora".
O director nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Francisco Oliveira Pereira, esteve também no Hospital São José, tendo igualmente abandonado o local sem prestar declarações.
Fonte: Público
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Nota do Passeio Livre:
No google street view está documentada uma das maiores vergonhas da cidade de Lisboa. O passeio da Rua Henriques Nogueira, traseira da Câmara Municipal de Lisboa está constantemente ocupado por lugares reservados do Ministério da Administração Interna em cima do passeio.
Os polícias, como se vê na foto são totalemente coniventes com a situação e até têm uma esquadra que faz esquina com esta rua. Existe mesmo um sinal a institucionalizar o abuso.
Esta notícia e este passeio ocupado são apenas uma imagem do desleixo e leviandade que existe em relação à segurança interna de um país. Nomeadamente, a rodoviária.
Rua de Santa Marta
Uma das designers de um dos autocolantes mandou-nos este mail:
Mesmo supondo que não tinha lugares (ali ao ladinho) quando chegou, mesmo supondo que a sua costela animal o "obrigou" a estacionar em cima do passeio, em frente à passadeira, roça o pitecantropo não tirar a lata quando, à volta, é o que se vê.
Mesmo supondo que não tinha lugares (ali ao ladinho) quando chegou, mesmo supondo que a sua costela animal o "obrigou" a estacionar em cima do passeio, em frente à passadeira, roça o pitecantropo não tirar a lata quando, à volta, é o que se vê.
Outro assunto:
Não sou jurista, não faço ideia da idiotice desta ideia mas, numa noite mal dormida, lembrei-me de uma coisa: se é possível "alugar" agentes da PSP para pôr à porta, para vigiar o Bairro Alto (pagos pelos comerciantes), não será possível "alugarmos" um guardazito para passar umas multas?
Acho, sinceramente, inacreditável que se possa recrutar agentes da PSP (numa força do estado isso não deveria ser possível. Quem quisesse contratava empresas de segurança). No entanto, sendo possível, não seria de "utilizar" esse recurso?
O Passeio Livre tinha o seu PSP! Tinha graça, não tinha????
Abraço
I
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Como inspiração para as propostas do Orçamento Participativo de Lisboa, a ACA-M fez, aqui há uns anos, uma proposta para "Valorizar o património do fluxo pedonal em Lisboa" (pequeno pdf).
Orçamento Participativo
Como muito dos nossos leitores saberão, a CM de Lisboa iniciou o processo de participação no Orçamento Participativo. Desafiamos os nossos leitores a enviar-nos propostas por email ou em comentário a este post. Publicaremos as melhores.
Cara (o) cidadã (o),
No seguimento da sua participação em 2008 no Orçamento Participativo de Lisboa (OP), vimos convidá-lo a participar na 2ª edição desta iniciativa.
Este ano o OP destina-se aos cidadãos maiores de 18 anos, que podem participar apresentando uma proposta para a sua rua, bairro, freguesia, ou cidade em geral, referente a investimentos, manutenções, programas ou actividades, até ao montante de 5 milhões de euros.
Registe-se no site www.cm-lisboa.pt/op e participe nas seguintes fases:
· Fase 1 – até 29 de Novembro de 2009
Envio de uma proposta concreta. De seguida os serviços municipais fazem a sua análise técnica e adaptam a projecto.
· Fase 2 – 14 a 20 de Dezembro de 2009
Votação de um projecto incluindo o custo estimado e previsão do prazo de execução.
Contamos com a participação de todos, porque todos são necessários para melhorar a qualidade de vida da nossa Comunidade.
Por isso, divulgue o Orçamento Participativo junto de amigos e conhecidos. E participe no processo marcando a diferença. Com a sua colaboração, conseguiremos dar um novo impulso a Lisboa!
Lisboa, Novembro de 2009
Com os melhores cumprimentos,
Graça Fonseca
Vereadora da Modernização Administrativa
road safety charter
Lembram-se do concurso do road safety charter?
Estão apurados os concorrentes e reconhecemos alguns leitores entre os participantes!
Ainda estamos à espera de vencedor, mas Portugal é dos países mais representados... só com maus exemplos por enquanto...
Estão apurados os concorrentes e reconhecemos alguns leitores entre os participantes!
Ainda estamos à espera de vencedor, mas Portugal é dos países mais representados... só com maus exemplos por enquanto...
Chamem a polícia II
Uma manhã como as outras na Avenida dos Estados Unidos da América:
Entretanto em Oeiras, próximo da estação e a 20 metros da esquadra, numa zona onde é frequente ver crianças e idosos serem obrigados a usar faixa de rodagem em vez do passeio, passa um senhor Polícia:
Mãos atrás das costas. Multou? Aceitam-se apostas.
Entretanto em Oeiras, próximo da estação e a 20 metros da esquadra, numa zona onde é frequente ver crianças e idosos serem obrigados a usar faixa de rodagem em vez do passeio, passa um senhor Polícia:
Mãos atrás das costas. Multou? Aceitam-se apostas.
É a cultura, estúpido!
[...] é que os portugueses têm uma maneira de estar na estrada que é exclusivamente deles. Ou, como agora se escreve, e neste caso muito a propósito: que é exclusivamente sua (sim, sua).
[...] O Código da Estrada, para os portugueses, é como qualquer código contemporâneo do de Hamurábi: destina-se aos investigadores estrangeiros, tem um valor sobretudo histórico e científico, e é de todo indecifrável. Serve para resolver disputas nos tribunais quando os deuses malévolos originam o azar de um «desastre» (repara-se na carga fatal e cosmológica da palavra, ilibando a mera condição humana de qualquer responsabilidade) e, como tal, é um oráculo como qualquer outro Delfos.
[...] todos os portugueses adoram passeios. Os automóveis, sobretudo. Mesmo quando estacionam, gostam sempre de pousar duas rodazinhas sobre o passeio, num gesto de afecto em tudo igual ao de pôr um braço fraterno por sobre os ombros de um amigo. E a razão que leva os peões de Portugal a andar no meio da estrada não é outra: passeiam como automóveis pela via fora, porque os automóveis se agacham ternamente sobre todos os passeios disponíveis, guardando ciosamente o torrãozinho de cada um.
Miguel Esteves Cardoso, A causa das coisas, Assírio e Alvim, 1986
Miguel Esteves Cardoso, A causa das coisas, Assírio e Alvim, 1986
Uma das coisas que mais irrita os Turistas
Caros P.E.
Tive conhecimento do vosso site graças a um programa na RTP Internacional.
Posso vos dizer que uma das coisas que mais irrita os Turistas são os passeios dos grande centro urbanos em Portugal estarem bloqueados por todo tipo de veiculos.
Em simpatia pelo voso trauma, aqui vos envio uma foto do Reino Unido onde os carros estacionados nos passeios são imediatamente levantados por gruas e levados para um parque automovel onde se tem que pagar £100 libras esterlinas para se recuperar o veiculo.
Nos passeios da minha santa terrinha "Welling" por exemplo, só veiculos como estes é que estão autorisados a rodar nos passeios.
Que tal ??
Claude Moreira
Welling
http://homepage.ntlworld.com/ welling.website
PS Podem publicar o meu e-mail e foto se quiserem.
Tive conhecimento do vosso site graças a um programa na RTP Internacional.
Posso vos dizer que uma das coisas que mais irrita os Turistas são os passeios dos grande centro urbanos em Portugal estarem bloqueados por todo tipo de veiculos.
Em simpatia pelo voso trauma, aqui vos envio uma foto do Reino Unido onde os carros estacionados nos passeios são imediatamente levantados por gruas e levados para um parque automovel onde se tem que pagar £100 libras esterlinas para se recuperar o veiculo.
Nos passeios da minha santa terrinha "Welling" por exemplo, só veiculos como estes é que estão autorisados a rodar nos passeios.
Que tal ??
Claude Moreira
Welling
http://homepage.ntlworld.com/
PS Podem publicar o meu e-mail e foto se quiserem.
No Reino do Absurdo
O estacionamento selvagem continua a ser o vergonhoso ex libris de Lagos,
uma terra com pretensões a destino turístico de qualidade
uma terra com pretensões a destino turístico de qualidade
.
Repare-se na imagem de cima: a autarquia, que ali colocou os pilaretes, teve o cuidado de, em todos, gravar as suas iniciais, bem visíveis. No entanto, nem isso é suficiente para dissuadir os reis-do-mundo, numa terra onde o estacionamento é abundante e gratuito, mas onde as autoridades não actuam (ou só o fazem a pedido - para não dizer a contra-gosto).Ora, e por mais espantoso que pareça, nessa terra não se nota qualquer indignação generalizada dos peões contra a ocupação (tão selvagem quanto desnecessária) dos passeios: em todo o lado é possível ver pessoas com bengalas, muletas, carrinhos (de bebés e de compras) e cadeiras-de-rodas (manuais e eléctricas) - pelo meio das faixas de rodagem, como se fosse a coisa mais natural deste mundo, como se pode ver numa destas imagens e [aqui]! E se alguém protestar contra esse absurdo, o mais certo é fazer figura de avis rara e, inclusivamente, suscitar a indignação dos presentes - a começar pelos prejudicados!
Carcavelos e uma vila Europeia
Bom dia,
permitam-me que mostre a v. exas. um exemplo comparativo daquilo que é Carcavelos e uma vila Europeia. Não sei se irá tirar o sono a alguém, provavelmente não, desde que não seja um familiar ou amigo vosso que é atropelado.
Como já visitei bastantes países europeus e a pergunta a que eu chego sempre que volto de um é: "Mas afinal quem servem estes senhores que elegemos?". Eu não sei a resposta, mas de certeza que não é ajudar quem se desloca com um carrinho de bebé, quem é idoso ou possui alguma deficiência física, ou simplesmente necessita do passeio para se deslocar, como, sei lá, uma criança.
Pergunto eu a v. exas para onde viajam nas férias? Provavelmente para o Algarve, como 90% dos portugueses. Sugiro então que se desloquem a outros países e aprendam um pouco com eles. E que tragam para cá e apliquem competência e respeito. Nada para mim é mais constragedor do que um amigo meu chegar cá e perguntar: "Mas porque é que nesta estrada (marginal) não fazem um via para as pessoas andarem de bicicleta?". E eu envergonhadamente, respondo: "Aqui só se anda de carro. Fecham esta estrada aos carros uma ou duas vezes por ano para incentivar o exercicio e depois proibem-nos de andar de bicicleta nos poucos lugares que há para isso".
C. M. V.
É necessária legenda para se saber qual pertence a Carcavelos?
Nota: Houve um pequeno problema de configuração das imagens que esperamos que já esteja resolvido.
Nota: Houve um pequeno problema de configuração das imagens que esperamos que já esteja resolvido.
Um Protesto: Eu estava a trabalhar.
Se acham que estou a incomodar alguém, estão doentes, raivosos suponho!
Observem as fotos. Isto é Entre Campos.
O passeio está muito mais perigoso e degradado do que o carro incomoda, não acham?
O fulano que colocou o autocolante (com aquela cola marada, tenho pena de não o ter visto, que ele limpava-a) não deve ter mais nada que fazer. Eu estava a trabalhar.
--
PA
idem...
No seguimento do post anterior, aqui se mostra uma situação em tudo semelhante (na esquina da R. João Villaret com a Av. de Roma, em Lisboa):
Esta carrinha só conseguiu entrar para aqui porque, em tempos, um carro se despistou e arrancou vários pilaretes (que nunca foram repostos) na zona indicada a encarnado.
Esta carrinha só conseguiu entrar para aqui porque, em tempos, um carro se despistou e arrancou vários pilaretes (que nunca foram repostos) na zona indicada a encarnado.
As empresas e as cargas e descargas
Sabendo nós que estes veículos andam todo o dia a fazer este tipo de trabalhos, quantas horas passarão mal estacionados? Neste caso, em Telheiras, desde que um pilarete se partiu, esta carrinha passou a ficar assim, num local de grande passagem de peões.
Nota: no momento em que esta foto foi tirada haviam três ou mais formas de estacionar, fora do passeio, a menos de 10 metros da porta de serviço da estação de correios.
"Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável" não são só opções de menu no site dos CTT, espera-se.
tourist patrol
25 de Setembro 12:10h
Av. Gago Coutinho, Lisboa
(infelizmente a foto não se nota, mas de lado diz "tourist patrol")
Queria só acrescentar que naquela zona, (onde está o carro da policia e o bmw mais à frente), quando o jardim ao lado está a ser regado, vai tanta agua para o passeio que a alternativa para não nos molharmos é ir pela estrada ou dar uma grande volta, já que na parte que não "chove" está o carro estacionado...
BF
Av. Gago Coutinho, Lisboa
(infelizmente a foto não se nota, mas de lado diz "tourist patrol")
Queria só acrescentar que naquela zona, (onde está o carro da policia e o bmw mais à frente), quando o jardim ao lado está a ser regado, vai tanta agua para o passeio que a alternativa para não nos molharmos é ir pela estrada ou dar uma grande volta, já que na parte que não "chove" está o carro estacionado...
BF
Leitura Recomendada
Lisboa a passo
Se é daquelas pessoas que está sempre a dizer aos amigos que adora andar a pé mas que prefere fazê-lo quando viaja ao estrangeiro, esta revista foi feita a pensar em si. Porque basicamente acaba com as todas as desculpas para deixar Lisboa fora do baralho. O que lhe damos nas próximas páginas são dez roteiros pelos bairros mais bonitos de Lisboa, Sintra, Oeiras e Cascais, com os respectivos mapas, tempos e informações essenciais. Dez passeios acessíveis, relativamente curtos – de uma a duas horas –, e com as referências obrigatórias da Time Out: as melhores galerias, lojas, cafés, restaurantes, miradouros, livrarias e museus. Um programa ideal para fazer sozinho, como os nossos repórteres fizeram (e gostaram), mas também com a família, amigos ou com aquele turista de visita à cidade que gosta de ver um pouco de tudo. ‘Um número para guardar’, como lhe prometemos na capa, porque não esperamos que faça tudo numa semana. Mas não deixe de os fazer. Escolha o que mais gosta, guarde a revista no bolso e parta à aventura.
João Cepeda
Se é daquelas pessoas que está sempre a dizer aos amigos que adora andar a pé mas que prefere fazê-lo quando viaja ao estrangeiro, esta revista foi feita a pensar em si. Porque basicamente acaba com as todas as desculpas para deixar Lisboa fora do baralho. O que lhe damos nas próximas páginas são dez roteiros pelos bairros mais bonitos de Lisboa, Sintra, Oeiras e Cascais, com os respectivos mapas, tempos e informações essenciais. Dez passeios acessíveis, relativamente curtos – de uma a duas horas –, e com as referências obrigatórias da Time Out: as melhores galerias, lojas, cafés, restaurantes, miradouros, livrarias e museus. Um programa ideal para fazer sozinho, como os nossos repórteres fizeram (e gostaram), mas também com a família, amigos ou com aquele turista de visita à cidade que gosta de ver um pouco de tudo. ‘Um número para guardar’, como lhe prometemos na capa, porque não esperamos que faça tudo numa semana. Mas não deixe de os fazer. Escolha o que mais gosta, guarde a revista no bolso e parta à aventura.
João Cepeda
Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada
À semelhança de anos anteriores, a ESTRADA VIVA – Liga contra o Trauma irá promover, no próximo Domingo, dia 15 de Novembro, a celebração do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, em várias localidades do país.
Tal Pai, Tal Filho!
Em Lisboa foi encontrado dentro de um bar um destes autocolantes colado! Foi um encontro entre pai e filho que não deixou de ficar registado!
Punir, dissuadir ou impedir?
QUANDO, uma vez por outra, o estacionamento selvagem é punido, já não é mau. Porém, para que a punição tenha um efeito dissuasor, ela tem de ser a regra, e não a excepção - e, mesmo assim, nem sempre. Quando se quer, de facto, impedir esse comportamento, a solução é o recurso a obstáculos físicos (que podem ter muitos aspectos, e não necessariamente pilaretes).
A pergunta que esta imagem suscita é, pois, a seguinte: se do lado esquerdo da rua isso foi feito (e o problema resolvido de uma vez por todas), porque não o foi, também, do outro?
A pergunta que esta imagem suscita é, pois, a seguinte: se do lado esquerdo da rua isso foi feito (e o problema resolvido de uma vez por todas), porque não o foi, também, do outro?
Rima, mas não tem graça...
Lisboa - Av. Almirante Reis - 5 Nov 09
Polícia Municipal ajuda o Pai Natal
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NOTA::duas outras fotos, tiradas 4 dias depois no mesmo local, podem ser vistas [aqui].
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E se... (por uma cidade acessível a todos)
Prezado leitor,
Preâmbulo:
Imagine que habita numa cidade confusa, um lugar onde o espaço público em geral e os passeios em particular são desprezados, negligenciados, maltratados. Imagine uma cidade em que a vivência dos espaços públicos tende a subalternizar-se à utilização dos espaços públicos como o locus depositário do que não cabe noutros sítios - seja um painel publicitário ou político, automóveis ou pilaretes, sinalização vertical, caixas de electricidade, iluminação pública, paragens de autocarros, etc. Este é um problema de muitas cidades, talvez todas em Portugal, talvez...
Imagine esta cidade onde os espaços públicos, no lugar de se assumirem como espaços privilegiados para as pessoas, definem-se como espaços para as coisas das pessoas. E lá vêm os elementos estranhos mais toda a panóplia de mobiliário urbano desarrumado que enche o espaço público e o torna inóspito e agreste, tão difícil de viver, cruzar e desfrutar como os mais ventosos morros das terras altas.
De forma displicente, o espaço público nesta cidade mais não é que o espaço-público-das-coisas-das- pessoas.
Imagine agora uma cidade em que o espaço público em geral e os passeios em particular são lugares sacrossantos, invioláveis, protegidos, cuidados. Isto é, uma cidade pensada para as pessoas e não para os adereços das pessoas. Em que o espaço público é pensado como o espaço-público-das-pessoas, em detrimento do espaço-público-das-coisas-das- pessoas. Esta é uma cidade que militantemente protege as pessoas e a sua vivência dos espaços públicos.
Esta(s) cidade(s) podia(m) ser Lisboa. Este desafio, o de pensar que cidade se pretende para o futuro, foi lançado pela Câmara Municipal de Lisboa à sociedade civil. O Passeio Livre foi convidado a participar numa sessão de auscultação para o Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que visa diagnosticar o actual estado da cidade no que respeita à acessibilidade pedonal, procurando lançar a discussão de que cidade se pretende para 2017, bem como a forma de lá chegar.
A marcha começou já portanto, do lugar-estranho da acessibilidade pedonal de Lisboa em 2009, para uma cidade acessível em 2017.
Um agradecimento à equipa do Núcleo de Acessibilidade do Departamento de Acção Social pela organização da sessão de auscultação, pelo convite endereçado ao Passeio Livre e pela oportunidade que nos foi dada de contribuir para tornar Lisboa mais acessível - obrigado Pedro Homem de Gouveia, Pedro Alves Nave, Jorge Falcato Simões e João Mendes Marques.
Breve resumo da sessão:
A sessão de auscultação para o Plano Municipal de Acessibilidade Pedonal de Lisboa teve lugar no dia 18 de Setembro. A elaboração deste plano foi decidida em Julho de 2009 e pretende, antes de mais, realizar um diagnóstico da situação de acessibilidade da cidade (assumido como extraordinariamente negativo). Pretende-se que nos próximos 12 anos se possa tornar Lisboa numa cidade o mais acessível possível.
A sessão contou com a participação de:
Procurou-se:
Estes pontos foram discutidos relativamente à totalidade do espaço público, incluindo ruas, praças, jardins, passeios, etc., na perspectiva da circulação em condições de conforto, segurança e autonomia.
O relatório total da sessão pode ser consultado aqui.
O Passeio Livre foi verdadeiramente bem recebido. Não só houve curiosidade genuína sobre a iniciativa em geral como, mais ainda, sucederam-se os pedidos de autocolantes, quer por cidadãos individuais, quer por organizações.
Preâmbulo:
Imagine que habita numa cidade confusa, um lugar onde o espaço público em geral e os passeios em particular são desprezados, negligenciados, maltratados. Imagine uma cidade em que a vivência dos espaços públicos tende a subalternizar-se à utilização dos espaços públicos como o locus depositário do que não cabe noutros sítios - seja um painel publicitário ou político, automóveis ou pilaretes, sinalização vertical, caixas de electricidade, iluminação pública, paragens de autocarros, etc. Este é um problema de muitas cidades, talvez todas em Portugal, talvez...
Imagine esta cidade onde os espaços públicos, no lugar de se assumirem como espaços privilegiados para as pessoas, definem-se como espaços para as coisas das pessoas. E lá vêm os elementos estranhos mais toda a panóplia de mobiliário urbano desarrumado que enche o espaço público e o torna inóspito e agreste, tão difícil de viver, cruzar e desfrutar como os mais ventosos morros das terras altas.
De forma displicente, o espaço público nesta cidade mais não é que o espaço-público-das-coisas-das-
Imagine agora uma cidade em que o espaço público em geral e os passeios em particular são lugares sacrossantos, invioláveis, protegidos, cuidados. Isto é, uma cidade pensada para as pessoas e não para os adereços das pessoas. Em que o espaço público é pensado como o espaço-público-das-pessoas, em detrimento do espaço-público-das-coisas-das-
Esta(s) cidade(s) podia(m) ser Lisboa. Este desafio, o de pensar que cidade se pretende para o futuro, foi lançado pela Câmara Municipal de Lisboa à sociedade civil. O Passeio Livre foi convidado a participar numa sessão de auscultação para o Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que visa diagnosticar o actual estado da cidade no que respeita à acessibilidade pedonal, procurando lançar a discussão de que cidade se pretende para 2017, bem como a forma de lá chegar.
A marcha começou já portanto, do lugar-estranho da acessibilidade pedonal de Lisboa em 2009, para uma cidade acessível em 2017.
Um agradecimento à equipa do Núcleo de Acessibilidade do Departamento de Acção Social pela organização da sessão de auscultação, pelo convite endereçado ao Passeio Livre e pela oportunidade que nos foi dada de contribuir para tornar Lisboa mais acessível - obrigado Pedro Homem de Gouveia, Pedro Alves Nave, Jorge Falcato Simões e João Mendes Marques.
Breve resumo da sessão:
A sessão de auscultação para o Plano Municipal de Acessibilidade Pedonal de Lisboa teve lugar no dia 18 de Setembro. A elaboração deste plano foi decidida em Julho de 2009 e pretende, antes de mais, realizar um diagnóstico da situação de acessibilidade da cidade (assumido como extraordinariamente negativo). Pretende-se que nos próximos 12 anos se possa tornar Lisboa numa cidade o mais acessível possível.
A sessão contou com a participação de:
- organizações da sociedade civil (directa ou indirectamente ligadas ao tema da acessibilidade, e.g., ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, CNAD - Cooperativa Nacional de Apoio a Deficientes);
- serviços da CML;
- outras entidades e cidadãos (onde se encaixava o Passeio Livre).
Procurou-se:
- identificar problemas e definir formas de os corrigir;
- prevenir o aparecimento de novas barreiras;
- tomar medidas para um envolvimento da comunidade na promoção e defesa da acessibilidade inclusiva;
Estes pontos foram discutidos relativamente à totalidade do espaço público, incluindo ruas, praças, jardins, passeios, etc., na perspectiva da circulação em condições de conforto, segurança e autonomia.
O relatório total da sessão pode ser consultado aqui.
O Passeio Livre foi verdadeiramente bem recebido. Não só houve curiosidade genuína sobre a iniciativa em geral como, mais ainda, sucederam-se os pedidos de autocolantes, quer por cidadãos individuais, quer por organizações.
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Para desenjoar e inspirar
Inspirados por este engraçado relato com um fim feliz (ler os comentários até ao fim) gostaríamos de pedir aos leitores o envio de contribuições positivas - fotografias, "estórias", exemplos de problemas resolvidos. Obrigado!
PS Para quem nos tem enviado contribuições: como devem calcular temos recebido centenas de e-mails nos últimos meses. Com paciência e tempo tentaremos publicar quase todas as contribuições!
PS Para quem nos tem enviado contribuições: como devem calcular temos recebido centenas de e-mails nos últimos meses. Com paciência e tempo tentaremos publicar quase todas as contribuições!
Sou da Câmara, paro onde quero?
---------- Forwarded message ----------
From: Cxx Mxxx
Subject: Sou da Câmara, paro onde quero?
To: Peão Exaltado
Cc: municipe@cm-lisboa.pt, gab.presidente@cm-lisboa.pt
From: Cxx Mxxx
Subject: Sou da Câmara, paro onde quero?
To: Peão Exaltado
Cc: municipe@cm-lisboa.pt, gab.presidente@cm-lisboa.pt
Bom dia,
é esta a noção de mobilidade para os peões que a Câmara passa? Já não basta a PSP e a PM fazerem isto impunemente (e ainda ameçam prender por se reclamar), e agora também temos de levar com estes?? Para quando o fim deste circo de estacionamento selvagem??
CM
A Rua de uma Escola em Lisboa
Estacionamento abusivo no passeio junto de um estabelecimento de ensino (municipal) na Rua das Escolas Gerais (entre o nº 61 e 65). Este passeio, que dá acesso à entrada principal da escola, e junto de uma paragem de eléctricos, é usado diariamente para estacionar viaturas. E como se pode ver pelas imagens, os passeios ficam MESMO totalmente ocupados, impedindo a circulação dos peões. Numa das imagens podemos ver um adulto com crianças que, ao saírem da escola, foram obrigados a circular na faixa de rodagem pois uma viatura ocupava a totalidade do passeio. Para resolver este problema, já foi solicitado à CML a instalação de pilaretes - que em 2008 o prometeu fazer mas até hoje não agiu.
Nota: a poucos metros deste local foi construído o parque de estacionamento público das Portas do Sol (custou 4 milhões de euros e é gerido pela EMEL) bem conhecido por dar prejuízo e por ter mais viaturas estacionadas nos passeios na sua envolvência do que no seu interior.
FJ
Sintra (Portugal), Carcassonne (França) e Marvão (Portugal)
Centro histórico de Sintra ("Vila Velha"), Património da Humanidade, Verão de 2009.
A 1ª imagem mostra parte de um grande parque de estacionamento (gratuito) que existe mesmo junto do centro histórico. Está quase vazio.
A 2ª imagem mostra o centro da Vila Velha. Cheio de carros. De manhã e de tarde, é frequente encontrar-se aqui um ou dois agentes da polícia, para fiscalizar o estacionamento. Apesar de os agentes fecharem os olhos a quase tudo (mesmo aqui há carros a bloquear a passagem de peões, perante a indiferença da polícia), a sua presença contribui para que os automobilistas normalmente não arrisquem (quando os agentes se vão embora, é o pandemónio...).
Mas logo nas ruas ao lado começa o triste espectáculo dos passeios ocupados por carros, tendo os residentes e os turistas que circular no asfalto, no meio do trânsito (constante) de carros (imagens 3, 4 e 5). Uma placa bem visível (6ª imagem) ainda tenta disuadir os automobilistas de ir de carro para a Quinta da Regaleira: são só 5 minutos a pé, diz a placa. A verdade é que nem 5 minutos são, e o percurso é acessível a qualquer ser humano com mais de 3 anos e menos de 80. Mas os turistas portugueses insistem em levar os carros, que depois estacionam nos passeios (imagens 7 e 8). Entre outros turistas muito pouco satisfeitos com isto, vi uma espanhola com um carrinho de bebé, irritadíssima por ter de andar com o bebé no asfalto. São as férias dela. Voltará a Portugal? Duvido muito.
Por aqui existe um excelente serviço de "shuttles" que circulam durante todo o dia, com grande regularidade (10 a 15 minutos), com paragens na Vila Velha, na Relageira, no Castelo, na Pena, etc. Os estrangeiros utilizam-nos, os portugueses não. A Vila Velha de Sintra podia bem ser vedada ao trânsito (excepção para residentes). Assim não é fácil andar aqui a pé, até porque os passeios, mesmo quando não têm carros em cima, são incrivelmente estreitos. Está muito longe de ser agradável ser turista em Sintra.
Cidadela de Carcassonne, Património da Humanidade, França.
Estamos perante uma área maior do que a do centro histórico de Sintra. Mas os turistas não entram aqui de carro. Os carros ficam estacionados fora das muralhas, em descampados que servem de parques de estacionamento. O estacionamento implica o pagamento de uma taxa. Os turistas que têm alojamento reservado dentro da cidadela deixam o carro fora das muralhas (num sector de estacionamento específico) e são gratuitamente transportados (com as bagagens) em pequenas carrinhas até ao hotel. Dentro da cidadela, todos os turistas andam a pé e, claro, não há carros em cima dos passeios (imagens 9,10 e 11). E não é por isso que Carcassonne deixa de ter visitantes: pelo contrário, é um dos principais destinos turísticos de toda a França...
Marvão
(últimas duas imagens), pequena vila amuralhada do Alentejo, candidata a Património da Humanidade, é muitíssimo mais pequena do que Carcassonne, e por isso mais se justificaria uma solução do tipo da que existe nessa cidade francesa. Fora das muralhas, já existem parques de estacionamento com lugares de sobra para toda a gente. Mas os carros podem entrar livremente nas muralhas e, como estamos em Portugal, os abusos são frequentes. Durante o Verão, e no resto do ano aos fins-de-semana e feriados, é banal encontrar-se carros nos locais de passagem dos peões. Em tempos existiu um projecto para vedar o trânsito automóvel no interior da vila (com excepção para residentes), mas a ideia mereceu tal oposição dos comerciantes locais que acabou por ser metido na gaveta...
A 1ª imagem mostra parte de um grande parque de estacionamento (gratuito) que existe mesmo junto do centro histórico. Está quase vazio.
A 2ª imagem mostra o centro da Vila Velha. Cheio de carros. De manhã e de tarde, é frequente encontrar-se aqui um ou dois agentes da polícia, para fiscalizar o estacionamento. Apesar de os agentes fecharem os olhos a quase tudo (mesmo aqui há carros a bloquear a passagem de peões, perante a indiferença da polícia), a sua presença contribui para que os automobilistas normalmente não arrisquem (quando os agentes se vão embora, é o pandemónio...).
Mas logo nas ruas ao lado começa o triste espectáculo dos passeios ocupados por carros, tendo os residentes e os turistas que circular no asfalto, no meio do trânsito (constante) de carros (imagens 3, 4 e 5). Uma placa bem visível (6ª imagem) ainda tenta disuadir os automobilistas de ir de carro para a Quinta da Regaleira: são só 5 minutos a pé, diz a placa. A verdade é que nem 5 minutos são, e o percurso é acessível a qualquer ser humano com mais de 3 anos e menos de 80. Mas os turistas portugueses insistem em levar os carros, que depois estacionam nos passeios (imagens 7 e 8). Entre outros turistas muito pouco satisfeitos com isto, vi uma espanhola com um carrinho de bebé, irritadíssima por ter de andar com o bebé no asfalto. São as férias dela. Voltará a Portugal? Duvido muito.
Por aqui existe um excelente serviço de "shuttles" que circulam durante todo o dia, com grande regularidade (10 a 15 minutos), com paragens na Vila Velha, na Relageira, no Castelo, na Pena, etc. Os estrangeiros utilizam-nos, os portugueses não. A Vila Velha de Sintra podia bem ser vedada ao trânsito (excepção para residentes). Assim não é fácil andar aqui a pé, até porque os passeios, mesmo quando não têm carros em cima, são incrivelmente estreitos. Está muito longe de ser agradável ser turista em Sintra.
Cidadela de Carcassonne, Património da Humanidade, França.
Estamos perante uma área maior do que a do centro histórico de Sintra. Mas os turistas não entram aqui de carro. Os carros ficam estacionados fora das muralhas, em descampados que servem de parques de estacionamento. O estacionamento implica o pagamento de uma taxa. Os turistas que têm alojamento reservado dentro da cidadela deixam o carro fora das muralhas (num sector de estacionamento específico) e são gratuitamente transportados (com as bagagens) em pequenas carrinhas até ao hotel. Dentro da cidadela, todos os turistas andam a pé e, claro, não há carros em cima dos passeios (imagens 9,10 e 11). E não é por isso que Carcassonne deixa de ter visitantes: pelo contrário, é um dos principais destinos turísticos de toda a França...
Marvão
(últimas duas imagens), pequena vila amuralhada do Alentejo, candidata a Património da Humanidade, é muitíssimo mais pequena do que Carcassonne, e por isso mais se justificaria uma solução do tipo da que existe nessa cidade francesa. Fora das muralhas, já existem parques de estacionamento com lugares de sobra para toda a gente. Mas os carros podem entrar livremente nas muralhas e, como estamos em Portugal, os abusos são frequentes. Durante o Verão, e no resto do ano aos fins-de-semana e feriados, é banal encontrar-se carros nos locais de passagem dos peões. Em tempos existiu um projecto para vedar o trânsito automóvel no interior da vila (com excepção para residentes), mas a ideia mereceu tal oposição dos comerciantes locais que acabou por ser metido na gaveta...
A malta do «Não há lugares!...»
Lisboa - Ruas António Ferreira, Frei Tomé de Jesus e Alfredo Cortês
Se alguém perguntar a estes condutores que habitualmente estacionam em cima dos passeios porque é que o fazem, dirão que «não há lugares». Se lhes mostrarem, mesmo debaixo do nariz, os lugares vagos, dirão que «são muito caros». O que dirão, então, se lhes recordarem que é domingo (dia em que foram tiradas estas e muitas outras fotos semelhantes), e que o estacionamento, além de abundante, é gratuito?!
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