Um dos motivos para o descrédito da EMEL tem a ver com a arbitrariedade dos seus fiscais, que multam ou não multam a seu bel-prazer, ou obedecendo a misteriosos critérios - o que está bem documentado nesta cena, passada na Av. João XXI, pelas 16h do passado dia 11:
Em último plano, vê-se uma carrinha da empresa que, depois de bloquear 3 carros, se deixou ficar por ali (por sinal, em 2ª fila...).
Por outro lado, o carro preto que se vê em primeiro plano esteve assim estacionado o tempo que quis e lhe apeteceu, acabando por se ir embora, calmamente (saindo pela passadeira de peões), sem ter sido minimamente incomodado.
Por outro lado, o carro preto que se vê em primeiro plano esteve assim estacionado o tempo que quis e lhe apeteceu, acabando por se ir embora, calmamente (saindo pela passadeira de peões), sem ter sido minimamente incomodado.
NOTA: Nesta zona da avenida (junto ao n.º 8), os carros acedem ao passeio porque os pilaretes que o podiam (e deviam) impedir foram ali "devidamente interrompidos", o que, "por acaso", também sucede do outro lado da rua.
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Nesta avenida há inúmeros pilaretes. Mas o "cérebro" que os andou a colocar teve o cuidado (como sucede em muitos outros locais de Lisboa) de não os pôr na zona de restaurantes (números 8 a 10, e de ambos os lados da rua).
ResponderEliminarOs fiscais da EMEL (que podem ser incompetentes, mas não são parvos de todo) devem perceber que isso significa tratar-se de uma "zona protegida", pelo que não actuam.
Ed
Há dias, num grupo de amigos, discutíamos o estacionamento selvagem, e nesse grupo estava um ex-agente da PSP (agora reformado) que nos explicou, tim-tim por tim-tim, como é que as coisas funcionam. E deu alguns exemplos:
ResponderEliminar- Há aqui um talho bastante conhecido, onde diariamente se vêem carros estacionados sobre o passeio ou em 2ª fila e onde ninguém é multado. Porquê? Porque ele e os ex-colegas, de vez em quando iam lá "comprar" carne e a carne era oferecida.
- O dono de um restaurante ocupa o passeio com uma carrinha enorme, durante o tempo que lhe apetece e, apesar de algumas pessoas já terem chamado a policia, esta só aparece quando calcula que o homem já tirou de lá a carrinha ou simplesmente não aparece. Porquê? Porque sempre que um desses agentes resolve lá almoçar, o almocinho já está pago.
- Há nas redondezas uma vidreira que nunca se preocupou muito com as transgressões a nível de papelada e de tonelagem dos seus camiões, porque sabe que nunca será incomodada pela polícia. Porquê? Porque há quem tenha construído casas totalmente equipadas com vidro (janelas, portas, etc.) "oferecido" pela vidreira.
Estes são apenas 3 exemplos, dos muitos que ele referiu. Será necessário dizer mais alguma coisa para percebermos como funciona a fiscalização destas "zonas protegidas" ou destes "estabelecimentos protegidos"?
Essa "zona protegida" (como o Ed lhe chama, e muito bem) engloba também o passeio em frente ao nº 7.
ResponderEliminarÉ a zona de restaurantes, onde o estacionamento em cima dos passeios é - mais do que tolerado - incentivado.
Os carros entram livremente pelas passadeiras de peões e vão até ao lugar que pretendem (por vezes aos 2 e 3 de cada vez!), não há memória de que algum, algum dia, tenha sido incomodado.
O facto de ali morar António Costa é apenas uma coincidência. Mas é altamente simbólica!
Faísca:
ResponderEliminarSe se trata da "Boutique da Carne" (lojas I e II), já nem sequer há dúvidas. O estacionamento que refere decorre junto aos estabelecimentos na Óscar Monteiro Torres e da Frei Amador Arrais, e eles já nem sequer escondem a protecção de que desfrutam: "controlam" a EMEL e a Polícia Municipal com todo o descaramento.
Como em todos os casos do género por esse mundo fora, os corruptores activos perdem a vergonha e começam a gabar-se do seu "poder".
Ed
Há dias, uma pessoa amiga estava num desses talhos quando entrou uma senhora, fiscal da emel, e perguntou aos empregados, em voz alta:
ResponderEliminar- Aquela carrinha ali é vossa?
- Sim.
- E o carro verde?
- É do sr. (...)
- Ah, então está bem.
E foi-se embora.
O que é espantoso, de facto, é o à-vontade da coisa, pois havia várias pessoas na loja, que poderiam testemunhar se (como seria desejável) a senhorita da emel fosse, sumariamente, despedida.
Não Ed, não é a "Boutique da Carne"!
ResponderEliminarOs exemplos que o ex-agente mencionou são aqui em Portimão (Algarve), mas a localização é irrelevante, pois isto passa-se a nível do país inteiro. Não se pense que a corrupção destes agentes e dos fiscais é restrita a uma determinada zona! Isso é que era bom!!!
É no país todo, e com a agravante de que os exemplos vêm de cima. Num país governado por ladrões, facínoras da pior espécie, corruptos, vendedores de banha da cobra, engenheiros feitos a martelo e outros abutres sedentos de poder e de dinheiro, como é que podemos sequer imaginar uma polícia ou uma fiscalização séria, honesta e eficiente?!
Isto chegou ao ponto do salve-se quem poder!A fiscalização não funciona ou pura e simplesmente não existe, por duas razões:
- por um lado, porque o agente ganha mal, é constantemente desautorizado, tem os maus exemplos das chefias e sente-se um otário quando vê os corruptos a viverem à grande e à francesa e ele a tentar sobreviver (no caso de ser honesto).
- por outro lado, porque se sente um boneco, sempre que tenta agir contra determinados infractores (chefes, autoridades superiores, membros do Governo, amigos e familiares dos chefes... etc. etc.) e vê a sua acção fiscalizadora posta em causa e o sua autoridade reprimida ou anulada, porque a nossa sociedade está cheia de "intocáveis".
Nestas condições, não há "honestidade" que lhes valha e o desgraçado chega à conclusão que o seu profissionalismo não põe pão na mesa para os filhos. Vai daí, toca a fazer o mesmo que todos os outros fazem, e quando os exemplos vêm de cima, então é o ver se te avias!
Mas não pensemos que o mal está só nas autoridades fiscalizadores ou nas chefias! Não!
O mal está em todos nós: ou porque nos calamos perante tais situações ou porque, no fundo, todos queremos usufruir desse fechar de olhos das autoridades.
O mal é um problema cultural e a nossa proverbial falta de civismo!
Quantas pessoas conhecemos nós, que num dia barafustam, berram e buzinam ferozmente contra alguém que lhes impede a saída do carro ou a circulação no passeio e assim que têm uma oportunidade, fazem exactamente aquilo que acabaram de criticar nos outros?
Se dermos uma volta por alguns países da Europa (Alemanha, Holanda, Suécia, Dinamarca...) ficaremos com a noção exacta das causas do nosso problema (o do estacionamento selvagem e ...de muitos outros!!!).